Stay here, Entusiasmo!
Oi, Entusiasmo!
Não vou ser breve e já desisti de ser objetiva, mas serei clara: eu não te perdoei e nem pretendo fazê-lo. Estivemos separados durante alguns meses, depois que tu me deixou e sem aviso, cedeu o lugar à lentidão, à passividade, ao desânimo. Esse último não precisava ter vindo, eu nunca o quis por perto. As duas anteriores, talvez eu estivesse precisando diminuir o ritmo.
Tenho de novo por quê lutar, um objetivo, algo para correr atrás que não me chame de mãe, não use fraldas, não derrube as plantas e não coma ração e nem dependa de duas horas diárias do sol da manhã.
Eu sei que estou sendo injusta dizendo que não esteve comigo integralmente nos últimos meses, já que tu me ajudou a enfrentar a insegurança natural de uma gravidez e os medos de um novo casamento, de uma nova relação, se tu prefere chamar asssim. Mas, não te perdôo, entusiasmo, por me deixar sozinha na tarefa de educar uma criança como meu filho mais velho, tendo ele a origem que tem, sendo ele quem é. E foi com meu lado mãe que eu não permito erro, onde absolutamente tudo tem que dar certo, que tu mais foi mais displiscente, deixou que a desesperança chegasse perto e que o fracasso tomasse conta de mim.
A tua ausência foi sentida todos os dias, e mais ainda, todas as noites, quando eu planejava o futuro e via que eu tinha somente que esperar. E o que era mesmo que eu estava esperando além de um bebê? Tu foi a causa mais frequente de todas as minhas lágrimas. Elas tinham todas as formas, todos os gostos mas a raiz era a mesma: a tua ausência, Entusiasmo.
Exatamente o que eu mais valorizo nas pessoas era o que eu menos tinha. Na verdade, o que eu exijo das pessoas. Não suporto apatia. Imagine quando ela faz parte de mim...
Pelo tempo que esteve somente me olhando, sem estar comigo, me fez pensar que eu já não era mais a mesma, que tinha perdido a essência, a força e o brilho.
Agora que tu está comigo novamente, vamos fazer um pacto de nunca mais nos afastarmos, será melhor para todos: terei a tua ajuda sempre, tu estará livre dessas conversas longas e a desesperança, o fracasso, a inércia e o desânimo ficarão nos seus lugares, onde eu possa vê-los, mas sem me sentir ameaçada, afinal tu estará comigo, certo?
And now, Life, let it be. Let it be...
Minha próxima conversa será contigo.
Não vou ser breve e já desisti de ser objetiva, mas serei clara: eu não te perdoei e nem pretendo fazê-lo. Estivemos separados durante alguns meses, depois que tu me deixou e sem aviso, cedeu o lugar à lentidão, à passividade, ao desânimo. Esse último não precisava ter vindo, eu nunca o quis por perto. As duas anteriores, talvez eu estivesse precisando diminuir o ritmo.
Tenho de novo por quê lutar, um objetivo, algo para correr atrás que não me chame de mãe, não use fraldas, não derrube as plantas e não coma ração e nem dependa de duas horas diárias do sol da manhã.
Eu sei que estou sendo injusta dizendo que não esteve comigo integralmente nos últimos meses, já que tu me ajudou a enfrentar a insegurança natural de uma gravidez e os medos de um novo casamento, de uma nova relação, se tu prefere chamar asssim. Mas, não te perdôo, entusiasmo, por me deixar sozinha na tarefa de educar uma criança como meu filho mais velho, tendo ele a origem que tem, sendo ele quem é. E foi com meu lado mãe que eu não permito erro, onde absolutamente tudo tem que dar certo, que tu mais foi mais displiscente, deixou que a desesperança chegasse perto e que o fracasso tomasse conta de mim.
A tua ausência foi sentida todos os dias, e mais ainda, todas as noites, quando eu planejava o futuro e via que eu tinha somente que esperar. E o que era mesmo que eu estava esperando além de um bebê? Tu foi a causa mais frequente de todas as minhas lágrimas. Elas tinham todas as formas, todos os gostos mas a raiz era a mesma: a tua ausência, Entusiasmo.
Exatamente o que eu mais valorizo nas pessoas era o que eu menos tinha. Na verdade, o que eu exijo das pessoas. Não suporto apatia. Imagine quando ela faz parte de mim...
Pelo tempo que esteve somente me olhando, sem estar comigo, me fez pensar que eu já não era mais a mesma, que tinha perdido a essência, a força e o brilho.
Agora que tu está comigo novamente, vamos fazer um pacto de nunca mais nos afastarmos, será melhor para todos: terei a tua ajuda sempre, tu estará livre dessas conversas longas e a desesperança, o fracasso, a inércia e o desânimo ficarão nos seus lugares, onde eu possa vê-los, mas sem me sentir ameaçada, afinal tu estará comigo, certo?
And now, Life, let it be. Let it be...
Minha próxima conversa será contigo.
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