Sinto como se as amarras que prendiam minhas mãos e pernas se soltassem. A que prendia minha cabeça eu soltei assim que notei. Na verdade, era só uma vendazinha nos olhos, era até um pouco transparente. Estava difícil encontrar a mulher que um dia fui, inconsequente, corajosa, audaciosa, mulher da qual eu tinha orgulho de ser. Aos poucos, bem devagar, consigo me reconhecer. Eu já tinha até saudade de mim. Eu bem que gostaria que esse processo todo fosse mais rápido, que uma vez que a gente diagnosticasse o problema, ele se resolvesse. Saber o porquê de estar assim não muda o que eu sinto, só me tranquiliza um pouco e me dá a certeza de que vai passar.

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