O pai do meu filho acha que é muito esperto, e que os outros que não foram presenteados por Deus com esse incível atributo merecem se dar mal. E se dar mal as custas do super esperto.

Acredite que ele me disse que já que quando ele me propôs pagar x de pensão, quem sabe agora eu aceitaria Y? Acontece que esse Y é menor, por quê eu aceitaria? O que mudou de lá para cá além do tempo e do valor acumulado que ele vai ficar devendo?

Escuta aqui, rapaz, eu quero o que é justo. Se muitas das minhas perspectivas profissionais hoje não existem é por tua causa. Quase parei minha vida para cuidar da tua, enquanto tu dormia, acordava, bebia, enchia um pouco o saco, mentia para todo o mundo e dormia novamente. Se eu te dei o castigo da minha presença, agora tenho te presenteado com a minha ausência. Sou a melhor das ex-mulheres, a que desaparece, não liga, não dá pití, não pede pensão, nada.

Portanto, rapaz, eu quero só o que é e direito do Guilherme. Nem mais, nem menos, embora hoje tu me deva um valor incalculável: o valor de anos de uma vida deixada de lado para cuidar da de outra pessoa e do stress contínuo que eu vivi ao teu lado.

Faça sua parte, ao menos uma vez na vida. Não é sinal nemnhum de esperteza ficar devendo a pensão.

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