Pílula em forma de risada

Tomei várias medidas para curar a depressão que não só insiste em me acompanhar, como também só aumentou nessas últimas semanas.
Uma delas é postar todos os dias. Isso me ajuda a organizar as ideias, os sentimentos e colocá-los de forma mais objetiva. Não dá para falar sobre si mesmo ou sobre assuntos um tanto subjetivos recorrendo a todo instante ao "entende?".
Outra medida que eu tomei é procurar sempre algo para rir. Apesar da melancolia, meu riso vem fácil. Na verdade, quanto mais triste ou mau-humorada estou, mais rio por dentro. Acontece que o sarcasmo nem sempre faz bem e tão bom rir para fora, às gargalhadas, ou ao menos rir de alguma coisa que mereça ser comentada.

Exemplo da risada interna sarcástica: sete pessoas num chevette (é assim que escreve?) sofreram um acidente. Eu ri internamente pensando: morreram todos? Isso não é situação que mereça uma gargalhada, eu tive um pouco de pena. Só não tive mais, quando vi que uma menina de dezessete anos sobreviveu para contar a história e disse que não conhecia o motorista e que ele aceitou uma provocação, e como consequencia, o racha. Eu chamei-a de idiota em voz alta, não me contive. Se a visse pessoalmente, perguntaria ao menos, que motivo a fez aceitar uma carona naquelas condições que não a idiotice.

Ah, tá eu sei, vontade de se divertir. Entendo. Mas eu não acho nada divertido entrar no carro (???) de alguém que conheci agora, numa festa, que bebeu, e que eu não tenho motivo nenhum para confiar a minha vida.

É isso que me distancia da maioria das pessoas que conheço. Não sou melhor, nem pior, mas sou incompreendida por não aceitar coisas desse tipo.

Bom, tá aí o post, tá aí a risada (sarcástica, mas ainda assim, risada), agora vou procurar algo melhor para rir de verdade.

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