Hoje as alunas estavam divagando sobre o fato de valer a pena ou não terminar um casamento por causa de uma traição. Aventura sem importância, definiram elas. Afirmaram que a mulher sai vitoriosa sempre, e se acusar sem provar passa por louca. E que seria melhor não ter provas. Não saber. Nem desconfiar.

E eu de posse do meu lado mais sádico e radical pensei: rasgaria a meia-calça da pretensa inimiga, colocaria água xigenada no shampoo, deslocaria o silicone com um golpe só. Já com o meu marido ou seja lá o que fosse, eu não seria tão sutil, deixaria que aflorasse meu lado mais cruel e poria em prática tudo o que vi nos filmes de terror até hoje, desde arrancar os testículos com uma lixa de unha dessas de metal até tatuar uma florzinha bem mimosa na testa do infeliz. Esganar com minhas próprias mãos seria o mínimo! E rápido demais! Faria-o passar pelos mais improváveis constrangimentos, só para começar...
Mas me calei. Prudência, eu acho.
Vai que ele apareça morto... Ou tatuado!

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