Tão bom quando nos deparamos com alguém diferente, nem que seja num mísero detalhe, e que nos mostre o que não tínhamos visto...

Tô sempre procurando duas coisas: ser entendida, digo, me identificar e, ver o inusitado, o diferente. A primeira, desisti de procurar, mas fico muuuito feliz quando encontro, e a segunda, é uma questão de vida ou morte: preciso de novidade, de algo que alimente minha criatividade, me tire do lugar, me ocupe integralmente o pensamento.

Por exemplo: recentemente conheci uma mulher, uma das alunas aqui do ateliêr que é muito especial. Intrigante, viva, com suas dores, medos e alegrias intensas, humor diferente, consegue rir do quê ninguém acha graça. Tu vai gostar da Grazi, ela é assim como tu - disseram à ela. Nos identificamos, é claro, temos gostos diferentes mas parecidas na essência. Isso é raro. Até hoje conheci só duas pessoas com quem me identifiquei muito: uma amiga de outra cidade e meu marido. E agora a Ana. Mas convivo bem com as diferenças, amo pessoas diferentes de mim, porque elas me proporcionam a segunda coisa que eu busco: uma visão diferente das coisas.

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