Cara-metade. (o título é fofo, mas o conteúdo...)

Apenas admitir a possibidade de ter sido traído já é algo constrangedor, certo? Não para mim ou não nesse caso. Eu teria vergonha se vivêssemos sem um pingo de confiança, se ciúme fosse parte integrante do dia-a-dia, se essa fosse uma relação doentia, ou se dependêssemos emocionalmente um do outro. Teria vergonha se passasse por isso toda hora, se reiteradas vezes tivesse que ter a confirmação irrefutável de fidelidade. Teria muita vergonha de viver uma relaçã sem fundamento. Já vivi, e sei do que falo. Não me refiro só ao desconforto que é não viver bem com alguém, me refiro a viver com alguém que não temos nada em comum além do endereço.

E tipos que escutam música sertaneja, usam anel de rubi, correntão, calça camuflada, all star botinha, cinto de fivelão, gravata com camisa de manga curta, gravatas esquisistas (discutível, eu sei), ternos amarelos, anda de chevette, e caça,  não sairiam comigo na rua.Calças justas, pente no bolso, carteira comprida, cueca estampadinha (onça deus me livre), saiam já da minha frente antes que eu cometa um desatino!

Não me queiram mal, nenhum desses tipos aí sairia com uma baixinha, branquelinha, azeda, incrédula, rindo de tudo feito uma idiota, idiota, boba, encucada, desalmada, não tem sequer um gatinho, que não afaga os cachorrinhos da rua, cheia de razão, metida à intelectual, metida à moderninha e à um monte de outras coisas, cheia de filhos, cheia de problemas, mimimi, pretensiosa, orgulhosa, exibida, promíscua, briguenta, mãos mal cuidadas, sem um cabelão cobrindo as costas, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes? Ainda bem. Então tá todo o mundo feliz.

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