Meu marido falava muito numa mulher com um problema nas pernas. Compaixão. Ela tinha probelmas em casa e era um tanto diferente. Gente, se não falei aqui, falei no cética da preferência que meu marido parece ter por mulheres que ele possa ajudar. Me deu medo. Não, na verdade, tô exagerando, mas me deu raiva, pensei que estivesse apaixonadinho pela bisca necessitada de um ombro enquanto eu, no alto da minha autosuficiência tentava resolver sozinha (sem êxito) achando que estava fazendo uma grande coisa. Concorrência desleal, a vencedora dependia muito do ponto de vista do expectador. Não tive minha autoestima abalada  porque me acho muito mais mulher (pode rir), gosto de ser independente e pretendo ser assim por todo o sempre. Já justifiquei: quero dar o meu melhor e não ser uma usurpadora sentimental. É assim que eu vejo. Achei injusto que uma "fazida" pudesse ir até aonde eu não iria. Já berrei várias vezes que não vou me fazer de coitada (sendo, mas aí é outra história, da qual me envergonho). Me dói lutar para estar bem dia após dia, e ver alguém que nem tenta resolver nada, merecer o olhar apaixonadinho do meu marido.



Imagine minha reação quando ouvi da boca da própria moça que o problema que a fez andar para cima e para baixo com meu marido, que o tirou de casa durante a noite para acompanhá-la no sus porque a pobrezinha não tinha quem a acompanhasse foi de tanto abaixar e levantar com as pernas abertas. Exatamente: no mesmo instante minha mente suja imaginou-a gritando u-hu com um chapéu de cawboy na mão em situação, digamos, íntima eapelidei a moça de "aquela que tem um problema entre as pernas" . Claro que consegui conter a tempo meu pensamento e não imaginei meu marido sob a moça nesse devaneio que relatei. Bom, não imaginei, mas não sei se não aconteceu, de repente, com outros ingredientes.

Fica aí o meu sarcasmo registrado, meu cérebro sem freio e um grande ponto de interrogação. Bom agora já consigo rir da história (não sem lembrar o quanto posso estar sendo ingênua), tudo superado.

Serve para ilustrar o post abaixo a situação que relatei. Se não tivéssemos consversado a respeito da mulher que tinha um problema "entre as pernas", se ele não tivesse se defendido e me convencido, se eu não tivesse explicado o porquê da minha conclusão, que me parecia muito plausível, estaríamos separados.Não fosse essa conversa séria e racional (depois do estouro, claro), eu faria com que tudo parecesse um acidente.

Desa: tu levaria bolo para mim na prisão, amiga?

Comentários

DESASSOSSEGADA disse…
Levaria sim! com que recheio tu prefere?

Mulher quanto sangue frio heim eu ja teria perdido a paciencia e mandado aquela do problema entre as pernas se virar com outro apoio, poxa tanta gente no mundo e ela tem que pegar justo um homem casado pra escudeiro qual é???

Soa um tanto quanto estranho essa sua hitoria, longe de mim estar incentivando algo ou procurando chifre em ovelha, mas sinceramente eu sou muito desconfiada se fosse comigo acho q não teria tanto sangue frio.
graziela disse…
No dia em que me dei conta que ele poderia estar achando ótimo poder ajudar uma mulher e ver nela um olhar agradecido, encontrar nela uma coisa que ele valoriza e que eu não tenho, que é assumir a própria fraqueza, fiquei puta.

Mas como eu disse, nao tinha fundamento, já esqueci a historia, lembrei de todas as vezes em que compulsóriamente me mostrei aberta a aceitar a ajuda dele. Contei mais para ilustrar o que a falta de uma boa briga pode causar do que para me queixar da vida (coisa que não pago imposto para fazer mas que não é o caso agora).

Se tivesse oportunidade de falar com ela, não haveria barraco algum, mas ela passaria por um constangimento que a faria ir morar numa tribo de aborígenes no mesmo dia! E não mudarei meu jeito, digo, não vou fazer um tipo para evitar uma traição. Se eu ainda estivesse desconfiada, ele estaria vivendo os piores dias da sua vida.

Agora tá tudo bem. Obrigada pela força, espero não precisar do bolo. Quanto ao michael...
graziela disse…
tem um acento a mais alí. agora vi

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