meu querido psiquiatra

me contou de um caso (mantendo o anonimato do paciente, é claro) em que usou choque elétrico como terapia. Tentaram de tudo, remédios de todos os tipos, nada resolveu. Acontecia que o rapaz sofria de depressão profunda (e inabalável) e esquizofrenia, e o resultado era a inércia total. Ficava deitado olhando para o nada.

(no meu riso interno inevitável, por mais que respeite o ser humano, pensei: bobo, ele via muita  coisa, sim!)

Falou com a família, organizou o negócio todo, chamou o anestesista (oi? não lembraria de chamar um), e aplicou.

No dia seguinte, o rapaz estava sentado, meio moscão, mas já esboçando reação. Palavras textuais do médico. Completou dizendo que parecia milagre.

(e eu mais uma vez, olhando para dentro da blusa e pensando: milagre ter sobrevivido ao procedimento e tamanha maluquice do médico)

Sério: ele disse que é um tratamento interessante, quando nada mais surte efeito e que temos esse preconceito porque foi usado por médicos malucos no passado (feito tu, pensei, mas dessa vez sem o riso interno porque ele é o MEU médico).

Respondendo à pergunta que não quer calar : essa crase no a foi proposital, tenho certeza que poderia usá-la e eu não sou um caso para eletrochoque, embora seja um tratamento interessante.

Menos mau porque eu não pretendo sais por aí fazendo bzz por onde passar e com o cabelo espetado apontando para todas as direções inclusive para cima. Perigoso, poderia furar o olho de alguém...

Comentários

The Husband disse…
Com eletrochoque o cabelo da wife seria promovido a facínora, coisa pra reunião da OTAN, no mínimo.

Beijos

The husband

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