Princess, help me! Sério!

Não posso dizer que estou totalmente de bem comigo, mas os coments que li aqui e no traduzindo me fizeram reagir, mesmo que essa reação não passe de palvras.
Clóvis, caso resolva ler, o faça com calma e não me queira mal. Vou gritar que não estou te acusando, apenas tentando ver a situação pelos dois lados sem que eu esteja no papel de vítima. Só.

Princess:
Pedi desculpas. Senti um alívio sim, mas aconteceu o seguinte: enquanto eu esbravejava, estava cheia de razão, tanto que reagi da forma mais extremada e quando pedi desculpas, foi por terra toda a razão que eu parecia ter. Foi como admitir o quão idiota fui agindo e reagindo assim. E sinceramente, não sei se tenho tanta humildade (segundo meu marido, nenhuma). Mas foi bom, só que em vez de me sentir ultrajada, agora me sinto culpada. Mas ele desculpou, foi um grande alívio. Eu é que não me perdoei pelo que aconteceu.

Não sou Deus, mas vou começar do princípio. Não criei o céu e a terra, mas um grande mal entendido e uma secessão de acontecimentos O grande problema é que ele acha que pequenas críticas ou pequenos enganos, mal entendidos são uma afronta à dignidade dele. Por favor, não estou minimizando o que ele sente, tem todo o direito, mas a minha intensão não é levá-lo a nocaute, é só informá-lo que ás vezes ele me machuca sim, ofende sim, acaba comigo sim. Agora admito o quanto sou vulnerável.Ele acha que piso nos seus valores mais profundos, que não reconheço quem ele é!

Como assim???? Ninguém mais do que eu sabe o valor daquele homem. Eu o conheci, quando estava separado e me apaixonei pela transparencia dele, pelo respeito que ele tinha pela ex-mulher (quer proa mior de generosidade?) e é claro por ele ser totalmente incomum sem ter uma aparência chocante. Ou seja, o amo como ele é integralmemente, não apenas em algum ou outro aspecto. Não preciso ser coitadinha todo o tempo para admitir que ele é generoso, companheiro, amigo. Isso tudo ele é e ponto. Se eu a todo instante enaltecer essas qualidades, a mim, no meu íntimo soa como agir como coitadinha. Me parece lógico:quanto maior a gratidão, maior o favor prestado, maior a necessidade do favoreciedo. Já disse: talvez me falta humildade, e posso estar enganada. Não sei, mesmo, mas esse recochecimento vem de encontro à minha pouca capacidade  de resolver os problemas que aparecem ou que eu mesma causo. Posso exemplificar, mas não quero me extender mais. O post já está longo.

Me desgasta demais ficar justificando tudo o que digo, provando, retificando, argumentando por que a emenda sempre sai pior que o soneto. Muito. Quanto mais falo, pior fica, e deixar as coisas como estão nem sempre é uma boa idéia. Não acho bom guardar ofensas sem me defender (me debater, morder, pisar no pescoço e matar, ironizando e exagerando um pouco, que não sou de ferro), assim como não acho bom quando ofendo alguém por pouco ou muito que seja e a pessoa guarda para si. Sabe Deus no que a mágoa pode se transformar e quantos mal entendidos e visões supostamente tortas podem brotar com o tempo por causa dissso. Não quero. Quero abraçar, mas só quando o abraço não for uma forma bem educada de mandar calar a boca. E eu bem sei o quanto é bom um abraço carinhoso e confortador. Gosto de encerrar as discuções quando está tudo bem. E isso raramente acontece. Dou o tempo que a pessoa quiser para ficar muda por qualquer razão que seja, mas exijo me fazer entender pelo menos em algum momentoe dependo das espostas, ninguem melhor do que ele para me dizer o que faço de tão grave, agressivo ou sei lá. Procuro, não sei se consigo, respeitar o silêncio do outro. Em geral, eu não consigo dar a tão sonhada trégua que meu marido pede nessa hora por esses motivos que já citei. Fico remoendo, me sentindo mal por ter falado, por ter ouvido, por não ser ouvida. Dá para entender o outro quando a gente não escuta? Será que dá MESMO? Não sei, gosto de ouvir, e por isso me sinto no dever e no direito de falar. Acredito realmente que conversando a gente se entende, e não guardando ofensas ou más impressões.

Gente, tá sendo horrivel. É um circulo vicioso: fala para se fazer entender e quanto mais tenta mais confuso fica, mais elementos aparecem, mais mal entendidos se formam. Meu marido tem conseguido ser incrivelmente mais irracional que eu nessas horas. Não vou descrever porque fico com raiva só de pensar e quando ele ler vai virar uma fera porque penso tudo isso dele e etc.
Sim, eu sou cheia de defeitos, mas ele parece não aceitar que eu veja defeitos nele, se os vejo, estou esmagando sua veradeira natureza, qualidades nas quais ele se apoiu até hoje. Acho que quem sofre de baixa autoestima não é só eu: ou ele aceitaria algum comentário de vez em quando sem achar que estou querendo pisar, ignorar, negar a pessoa maravilhosa que ele é.

E mais uma vez, o retrato é de uma mulher sem um pingo de humildade para admitir que ofende, nada grata e um homem com seus valores negados de forma irrefutável pela tal mulher.

Princess, será que sou tão contundente assim? Tenho o poder de esmagar mesmo as pessoas ou ele é tão suscetível (sei lá se é com ésse cê) quanto eu às críticas.

E eu, ciente dos meus infinitos e abomináveis defeitos (se engana quem vê ironia aqui), e a par da sensação que ele tem de não ser reconhecido por mim, às vezes temo que alguém mais humilde (digo coitadinha) o faça. Sei que ele não se deixaria enganar facilmente pela retórica de alguém que mal conhece mas imagino do que um homem fudido diante da mulher e mal pago pela mesma seria capaz. Sei que ele  admira pessoas humildes, gratas, porque essas não pisam no seu maior tesouro: a genrosidade. Isso me leva a crer que ele prefere mulheres a quem ele possa ajudar. Lembrê-mo-nos de que quanto maior o favor, maior a necessidade. Quanto maior a necessidade de ajuda, mais coitada é a pessoa.
NÃO SOU COITADA! SEI QUE SOU DIGNA DE PENA MAS NÃO SOU COITADA! Tudo o que eu quero é ser independente, resolver meus problemas e só então dar o melhor de mim. Impasse dos grandes. Nao digo dos bons...

Se isso acontecer, desejo que ele encontr uma mulher mais jovem (menina inexperiênte), bem humorada (boba da corte), leve (superficial), corajosa (louca e sem noção), virgem (só ela não comeu o próprio c* e diz que tem himen complacente), reservada ao extremo (tão chata que não tem um amigo sequer), contemplativa (sem conteúdo, não sai uma palvra da boca), que saiba ficar calada quando precisa (incapaz de se defender, sem capacidade de argumentção), humilde (sem um pingo de amor próprio e convicção das próprias qualidades), que goste das mesmas músicas que ele (porque não conhece mais nada, ouviu ontem pela primeira vez e quer fazer uma média), saiba fazer massagem, tenha longos cabelos (e nenhuma ousadia), que seja adepta do básico (que nao tenha estilo nenhum), antenada (só usa o que é moda), moderna (só porque fez um piercing no lugar mais comum), com a autoestima lá em cima ( que se ache), que seja surpreendente (sem noção), que tenha uma relação amigável com algum ex (que molhe a calcinha em segundos por ele), que tenha uma relação impecável com a família toda (uma legítima psicopata, que manipula todos em favor próprio), que valoriza as menores coisas da vida (ok, as maiores deixe para quem sabe valorizar), que não seja maria gasolina, nem maria qualquer coisa. Passar bem.

Agora sim, assumo.

Bom é assim que me sinto, é assim que vejo, estou sendo crua, e acredite: leal. Por mais que não pareça. Prefiro aceitar certos defeitos do outro do que ver um dedo apontado para mim. É mais fácil tolerar e ajudar por que isso nos coloca na posição de pessoas boas, do que ver que também temos falhas, que queremos negar, defeitos que gostaríamos que não existissem, principalmente sob o ponto de vista de quem mais nos ama. E meu marido também pensa assim.

Agora ficou claro.

Perdoados e ignorados os erros de ortografia, tenho coisas mais importantes para me preocupar do que a língua que sei lá quantos milhões de pessoas adotaram e não chegaram a um consenso até hoje.

Comentários

Princess Deluxxe disse…
oiss, Grazi!

Queria ter muitas respostas! Mas me sinto tão parecida com vc q preciso admitir minha própria inabilidade em lidar com todas essas emoções.
=)

As desculpas não deveriam te deixar assim tão transtornada. Sim, elas mudam a situação, mas não deveriam te angustiar mais. Te fazer sentir mais raiva. Ou piorar a situação.
Desculpas deveriam ser libertadoras. Pq se vc entende q errou - e o outro diz, sinceramente, q não se importa ou q perdoa - então vc deveria zerar a ansiedade ou a raiva.

Mas só vc conhece o outro ao ponto de saber se ele está sendo sincero. Afinal, desculpas sinceras precisam de um entedimento sincero tb.
E se ele não quiser te desculpar, ok. Tb é legítimo. Temos q entender a raiva e mágoa do outro. E tentar reparar a situação de outra forma, oferecendo outra solução, outro afago.

Não sou tão boa assim com desculpas. Eu sempre preciso pedi-las a alguém. Eu me irrito fácil. Eu perco o bom-humor. E qdo brigo, fico no meio do caminho pra não deixar o outro passar. Eu sempre preciso falar muito, me fazer entender. E sempre cobrei do outro não apenas compreensão, mas iniciativa. E todo silêncio e imobilidade dos outros me irritam. Qto mais imóvel, mais me irrita. E mais eu brigo...

Até q comecei a tentar me calar. A deixar as coisas paradas, caso o outro não quisesse fazer. E pior do q ver as coisas paradas é não reclamar das coisas q não funcionam por causa da falta de inciativa, do atraso, do esquecimento do outro.

Mas não somos onipotentes. Nem tudo deve ser feito por nós. Nem tudo q os outros sentem é por nossa causa. Não podemos controlar tudo.

Mas se ao menos pudermos ser sinceras nos nossos sentimentos, nas nossas emoções e aprendermos a reconhecer nossos deslizes, pelo menos não precisaremos sofrer por nossas atitudes erradas, certo?

Basta sofrer pelo q os outros nos trazem. Não precisamos sofrer por nossa própria causa tb. Dá pra evitar ao menos isso.

=)

bjosssss
graziela disse…
Realmente somos parecidas. Cada uma com suas peculiaridades, mas parecidas, portanto, imaginei que tu me entenderia mais facilmente. Sabemos que é mais fácil entender o outro quando nos identificamos. Estava esperando teu comentário, agradeço por tu não ter calado.

Vou pensar muito sobre o assunto. Evito pedir desculpas para não ficar do jeito que descrevi aí, e pego a tag de pessoa nada humilde para mim. O que tu diz faz muito sentido, e foi de grande ajuda.

Tanto quanto tu, me irrito com a omissão, a falta de vontade de resolver as coisas, ainda bem que isso não acontece com tanta frequência. Menos mau, ou eu não aguentaria, aí seria demais. Impossível.

Quero de verdade que as desculpas sejam libertadoras, e ser um pouco menos orgulhosa e acabar com essas tensões que permancecem só em mim, mesmo depois de tudo resolvido.

Obrigada, mesmo. Apapeça!

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