Às vezes, amar pode parecer ridículo.

Sabe aquelas coisas bobas que a gente vê em filme, como se todos sonhássemos com aquilo? Coisas como correr um de encontro ao outro numa praia, ou campo? Slow motiom ajuda. (não posso deixar de imaginar nós dois correndo pelo bairro, fugindo) Rodopiar no colo... (e se desequilibar de forma ridícula) Cantar... (ignorando as vaias, as pedras arremessadas e os objetos pontiagudos). Ganhar um anel... (veio com o chiclete, e que lindo, ele guardou para o momento em que encontrasse alguém especial).

Nesse fim-de-semana fiz uma coisa meiga dessas, sonho antigo: li ao lado do meu marido. Tal como Tereza de "A insustentável leveza do ser", o livro é para mim um passaporte para outro mundo. É uma senha, é um imã. Ele tinha essa senha, portanto, somos do mesmo mundo. Ele nem sabia, talvez até tenha notado meu olhar mudo e fixo, mais longo que o de costume, mas realizei um sonho.Um amor que possa deitar ao meu lado e ler.  Na falta de uma explicação para o tamanho do sentido que esse ato teve, me calo.

E eu estranha que sou, adoro constatar que em alguém vejo algo familiar, íntimo, cúmplice, e que esse mesmo alguém não me vê com essa estranheza que me é tão inerente.

Contei porque quero que saibam que também sei ser fofa. Um docinho.

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