Fiquei sabendo, um médico disse para uma amiga minha, que quanto mais culto a gente é, mais infeliz acaba sendo. Opnião deles.

Pense.
Traduzindo:
Quanto mais cultura tem uma pessoa, quanto mais ela conhece do mundo e das pessoas, mais seletiva ela fica. Na verdade eu acho que depende um pouco de amor próprio de cada um, quando a gente se gosta, quer o melhor para si. O lado bom é que descobrimos coisas realmente boas, o lado ruim, é que nem tudo nos agrada.E mais se dá conta do que deixa de saber, do quanto ignora a respeito de muita coisa que talvez pudesse gostar muito ou evitar. Esse é o grande problema de ser culto.

Porém, sempre tem um porém, temos opção. Ou abrimos os olhos e valorizamos pequenas coisas, pequenas conquistas, que fazem parte de um grande todo, ou lutamos dia-a-dia contra a infelicidade que é querer o impossível, e fechar os olhos para o que está diante, bem pertinho, pedindo para ser desfrutado.

Na prática, para mim é o seguinte. Já vi um monte de filmes. Hoje, não é qualquer filme que me agrada porque caem em clichês comuns, fórmulas comuns e atuações vergonhosas e eu já vi muitos filmes ótimos. Portanto, sei pela experiência que o cinema pode oferecer mais, e espero por isso. Quando não acontece, qualquer um no meu lugar ficaria entediado.

Com a música acontece a mesma coisa. Pelo tanto que conheço, já sei o que não suporto. Sabendo que existem músicas boas porque perder meu tempo com NX zero, Victor e Léo? Me irritaria. Vou atrás do que eu gosto. Para ser mais exata, vou atrás do que posso dizer que adorei. Certa vez meu marido me fez ouvir por um tempo longo demais Jamiroquai. Não era ruim, mas era irritante saber que poderiamos ouvir tantas outras músicas bem melhores e sem ofender o ouvido de nenhum de nós dois. Naquele momento, minha cultura (se é que dá para chamar assim) me tornou exigente, e nesse caso infeliz como na frase que o tal médico proferiu.

Claro que me falta conhecimento a respeito de muita coisa, mas vou atrás, experimentando, testando o que faz com que eu me depare com coisas deprimente tambem. Adoro uma novidade, adoro coisas que não sei, que nunca tinha visto, sentido ou ouvido. Coisas novas ou antigas, não importa. Não dá para perder tempo com o medíocre. O supremo, o surpreendente, o surreal de tão bom, está nos esperando.

Portanto, acho que compactuo com o pensamento dos dois: saber nos torna mais infelizes. 

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