Mais uma da série

"fiz e não saiu como o esperado" (Nem sempre conto aqui, ainda me resta um pingo de amor-próprio)

Primeiro um diálogo curto:
-Toda arrumada... Será que  hoje o teu judeu vai te visitar e te desejar Feliz Natal?
-Nada disso, bobo. Só quis ficar bonita... (discutível, mas estava me achando)

Chega o vendedor de rosas.
-Não, obrigada, embora não falte vontade de levar todas para casa. (Se fossem tulipas, voltaria para casa com as flores e um curativo, grande o suficiente para cobrir a cirurgia de retirada do rim).
Conversa aqui, conversa alí, me contou que tinha sofrido um acidente, blá, blá e acabei catando uns dinheiros do fundo da bolsa e comprei uma.

Isso mesmo. Uma. Acho lindo. Vaso solitário.

Aí, chega meu marido e se depara com a tal rosa numa xícara. É, quem não tem banda larga caça com modem, na falta do vaso, serve uma xícara.

E eu, toda arrumada.

Mistério.

Pergunta: -tu vai ou não me dizer de quem tu ganhou essa rosa? (surpresa, ele não costuma ser ciumento)

Considerando que o ciúme é um ótimo afrodisíaco (não para mim, mas), e o meu gosto por determinado pecado capital, concluí que deveria ter comprado todas e enviado lá para casa para mim mesma. Já pensou?

E a tal rosa, murchou em poucas horas, sequer abriu.  Está lá em casa, num copo, torta e feia. Mas comprei-a porque como diz minha mãe: beleza também alimenta.

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