Meu amor...

Quando estava grávida, queria tanto ver minha filha, mas tanto, tanto que parecia que o dia do parto nunca chegaria. Não era a única grávida do mundo, não era a única a me sentir assim, mas se pudesse destir da espera, o faria. Não estou falando de aborto, falo de acabar com uma espera interminável, curiosidade.

Passava a mão na barriga e sabia onde estavam os seus pezinhos. Ela se mexia muito durante a madruagada, eu demorava para dormir. Falta de ar, ansiedade, vontade de ficar magra de novo, mas sobretudo, vontade de tê-la no meu colo. Quando ela nasceu, eu a beijei toda sujinha, eu apertei aquele bebezinho enorme, eu lembro exatamente da carinha. Depois deram banho, o pai dela pegou-a. Eu dei à ela um pai maravilhoso (coisa que gostaria de ter dado para meu filho também, mas...). Ela é uma das criaturas mais amadas da face da terra.

Ela vai fazer um aninho dia 18. Bailarina da perninha grossa. Ela mal me olha...Ou, pelo tanto que a amo, todo o olhar é pouco.
Mas eu não ligo, pelo menos não todo o tempo, eu a amo demais, mesmo que quando eu vá beijá-la no berço, ela me afaste, tão cheia de razão. Agora espero pelo dia em que ela dirá mamãe, pelo dia em que eu ganhar um abraço espontâneo. Pelo dia em que meu colo será seu maior alento. Sei que é vaidade, mas é uma vaidade boa.

Por que por enquanto, o bico e o cobertor bastam. :(

Comentários

Natália disse…
Ai tô tomando um amor pelas crianças, antes eu n gostava delas, agora estou aprendendo a respeitá-las.
graziela disse…
eu também não era muito fã. Não sabia como cativá-las. Agora sei que é mais simples.

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