E agora?
E agora que tive meu momento maior de rebeldia (ou sanidade, não se sabe ainda) e joguei os remédios fora, não tenho de onde tirar a certeza de que tudo vai dar certo.
De dentro de mim? Tivesse aqui dentro, eu saberia. Certeza, aliada a vontade, é coisa que cresce feito um alien. Portanto, claro que preciso de uma bengala.
Vontade não me falta.
Eis as provas da persistência:
Fui ao centro espírita, centro de umbanda, falei com gente otimista e nada. Falei com minha mãe, que sofre de coisa parecida. O meu problema se chama TDDA, o dela, por enquanto se chama "matrimônio-filhos-pouco-dinheiro-zero-senso-prático".
Li artigos, bobagens, variedades, de tudo mas não fiquei super feliz (digo, um sucesso, contente como se evaristo costa viesse tomar um chimarrão aqui em casa).
Minha gineco me receitou água morna nas costas, choradeira no banheiro, e passeios, enquanto estava grávida. Hum, foi bom enquanto durou.
O endocrino disse que eu voltaria ao normal assim que meus níveis de TSH ficassem perto de zero. Na época eu assumia assustadores 52. Eu estava ficando louca, tonta, irritável e depressiva. Bom, os níveis baixaram muito e nada. Passou a tontura.
Então, psiquiatra. Agora esse rapaz me ensina o caminho mais rápido para ser a Graziela de antes, pensei. Na verdade, me iludi. Torpor, dor de cabeça, enjôo, e apatia total.
Mesmo assim, continuamos tentando. Meses depois, a confusão continuava me rondando. Para ser mais exata, mais perdida que cego em tiroteio. E nada.
Ah, e procurei no meu interior também. Se estava lá, não pude notar.
Finalmente tomei uma ritalina. Pronto. Jesus, eu queria estar assim sempre. Só eu sei. Tem gente que toma para turbinar o cérebro, mas não é a mesma coisa, não conhece os dois lados, a diferença entre os dois estados não é tão gritante. E, eu percebi como perdi tempo.
Tomei mais uma, outro dia. De novo, tudo bem, mas era a última. Tudo junto não dá.
O psiquiatra mudou a medicação, disse em caso de TDDA, poderia (veja bem, não era certo que) ajudar. Ajudou mais ou menos. Esse não me deu reação desagradável nenhuma. E nem agradável, caso estejam iludidos achando que eu tinha descoberto alegria maior que a de um orgasmo.
E a novela continuou. Todas aquelas queixas que vocês estão acostumados a ver por aqui e por ali.
Longe de ter uma saída, e temendo que a solução mais adequado fosse muito cara, (hotel, avião, dólares, euros, compras, passeios, shows... ritalina), joguei os remédios fora. E olhe que um deles é chamado de viagra feminino!
Achei que sem cobrar tanto de mim seria mais fácil. Achei também que sem os remédios para atribuir uma pequena melhora, o mérito seria meu.
Aí é que estava o erro: mérito de que? Continuo a mesma suscetível (não confunda com frágil). Se tem uma luz no fim do túnel, eu quero vê-la agora, ou irei lá e acenderei uma fogueira!
Eu sei que a felicidade é feita de pequenas ou grandes alegrias que se repetem, que devemos valorizar as pequenas coisas, não sou idiota. Mas o que fazer quando o esgotamento toma conta, quando não consigo tomar um café e olhar as crianças ao mesmo tempo, e a frustração se manifesta, apesar do contentamento, como se eu fosse me quebrar feito uma porcelana?
Tem sido assim, eu não gosto nem um pouco. Pareço fraca e covarde, e eu não era assim.
Ou era, sempre fui?
De dentro de mim? Tivesse aqui dentro, eu saberia. Certeza, aliada a vontade, é coisa que cresce feito um alien. Portanto, claro que preciso de uma bengala.
Vontade não me falta.
Eis as provas da persistência:
Fui ao centro espírita, centro de umbanda, falei com gente otimista e nada. Falei com minha mãe, que sofre de coisa parecida. O meu problema se chama TDDA, o dela, por enquanto se chama "matrimônio-filhos-pouco-dinheiro-zero-senso-prático".
Li artigos, bobagens, variedades, de tudo mas não fiquei super feliz (digo, um sucesso, contente como se evaristo costa viesse tomar um chimarrão aqui em casa).
Minha gineco me receitou água morna nas costas, choradeira no banheiro, e passeios, enquanto estava grávida. Hum, foi bom enquanto durou.
O endocrino disse que eu voltaria ao normal assim que meus níveis de TSH ficassem perto de zero. Na época eu assumia assustadores 52. Eu estava ficando louca, tonta, irritável e depressiva. Bom, os níveis baixaram muito e nada. Passou a tontura.
Então, psiquiatra. Agora esse rapaz me ensina o caminho mais rápido para ser a Graziela de antes, pensei. Na verdade, me iludi. Torpor, dor de cabeça, enjôo, e apatia total.
Mesmo assim, continuamos tentando. Meses depois, a confusão continuava me rondando. Para ser mais exata, mais perdida que cego em tiroteio. E nada.
Ah, e procurei no meu interior também. Se estava lá, não pude notar.
Finalmente tomei uma ritalina. Pronto. Jesus, eu queria estar assim sempre. Só eu sei. Tem gente que toma para turbinar o cérebro, mas não é a mesma coisa, não conhece os dois lados, a diferença entre os dois estados não é tão gritante. E, eu percebi como perdi tempo.
Tomei mais uma, outro dia. De novo, tudo bem, mas era a última. Tudo junto não dá.
O psiquiatra mudou a medicação, disse em caso de TDDA, poderia (veja bem, não era certo que) ajudar. Ajudou mais ou menos. Esse não me deu reação desagradável nenhuma. E nem agradável, caso estejam iludidos achando que eu tinha descoberto alegria maior que a de um orgasmo.
E a novela continuou. Todas aquelas queixas que vocês estão acostumados a ver por aqui e por ali.
Longe de ter uma saída, e temendo que a solução mais adequado fosse muito cara, (hotel, avião, dólares, euros, compras, passeios, shows... ritalina), joguei os remédios fora. E olhe que um deles é chamado de viagra feminino!
Achei que sem cobrar tanto de mim seria mais fácil. Achei também que sem os remédios para atribuir uma pequena melhora, o mérito seria meu.
Aí é que estava o erro: mérito de que? Continuo a mesma suscetível (não confunda com frágil). Se tem uma luz no fim do túnel, eu quero vê-la agora, ou irei lá e acenderei uma fogueira!
Eu sei que a felicidade é feita de pequenas ou grandes alegrias que se repetem, que devemos valorizar as pequenas coisas, não sou idiota. Mas o que fazer quando o esgotamento toma conta, quando não consigo tomar um café e olhar as crianças ao mesmo tempo, e a frustração se manifesta, apesar do contentamento, como se eu fosse me quebrar feito uma porcelana?
Tem sido assim, eu não gosto nem um pouco. Pareço fraca e covarde, e eu não era assim.
Ou era, sempre fui?
Comentários
Beijos
Bjs e bom findi.