Essa cética que vos fala
Eu tinha jurado nunca pôr os pés numa terreira. Não por preconceito, era somente uma crença que foi mudando aos poucos. Além disso, além do espiritismo (que para mim é um fato, uma filosofia), não seguia religião alguma. Acabei indo com meu marido e meus filhos num toque de tambor. O meu engano, era achar que os orixás escravizassem os filhos. Não, eles colhem o que plantam. E isso acontece dentro e fora da Umbanda.
Quando começou, me arrepiei toda e um nó se fomou na minha garganta, depois uma súbita alegria. Lindos, o toque, as músicas, e o ritual.
Todas as sextas, ouvimos o movimento de um centro aqui perto de casa, mas não sei exatamente aonde. Mesmo não tolerando barulhos repetitivos, nunca perdi a paciência com o toque do tambor deles. Ao contrário, fico imaginando o que acontece lá.
Meu filho, dda zinho, se cansou do tambor e do volume logo depois de ter chegado. Encheu a cabeça. Isso não acontece comigo porque de percurssão, eu gosto muito, além disso, tinha todo um significado. Mais tarde, ele percebeu que todos usavam uma tornozeleira igual a dele, e até fez amigos, coisa rara.
Bom, depois da "abrição de caminho", pessoas surpreendentemente se afastaram, e não estou apostando na idéia de voltar para o antigo emprego, e num ato insano, joguei meus remédios fora. Pode ter sido ruim na hora, mas eu começo a me sentir mais livre.
Só uma coisinha: um dia, vou liderar uma campanha em favor das mulheres menstruadas.Por esse motivo, não pude entrar na terreira. Eu e outras tantas. Eu poderia ter omitido, mas não tenho vergonha alguma de assumir quando estou menstruada.
Não que eu tenha me sentido injustiçada, deve ter uma explicação para isso, e das mais antigas. Aí é que está o problema: o mito. Ninguém tem a resposta, só seguem o que manda a tradição.
Explicando o título do post: meu ceticismo não é quanto à existência do sobrenatural, mas não acredito que exista algo de errado com mulheres menstruadas. Ouvi relatos de que elas não podem tocar na massa do bolo antes de ir para o forno.
Quando começou, me arrepiei toda e um nó se fomou na minha garganta, depois uma súbita alegria. Lindos, o toque, as músicas, e o ritual.
Todas as sextas, ouvimos o movimento de um centro aqui perto de casa, mas não sei exatamente aonde. Mesmo não tolerando barulhos repetitivos, nunca perdi a paciência com o toque do tambor deles. Ao contrário, fico imaginando o que acontece lá.
Meu filho, dda zinho, se cansou do tambor e do volume logo depois de ter chegado. Encheu a cabeça. Isso não acontece comigo porque de percurssão, eu gosto muito, além disso, tinha todo um significado. Mais tarde, ele percebeu que todos usavam uma tornozeleira igual a dele, e até fez amigos, coisa rara.
Bom, depois da "abrição de caminho", pessoas surpreendentemente se afastaram, e não estou apostando na idéia de voltar para o antigo emprego, e num ato insano, joguei meus remédios fora. Pode ter sido ruim na hora, mas eu começo a me sentir mais livre.
Só uma coisinha: um dia, vou liderar uma campanha em favor das mulheres menstruadas.Por esse motivo, não pude entrar na terreira. Eu e outras tantas. Eu poderia ter omitido, mas não tenho vergonha alguma de assumir quando estou menstruada.
Não que eu tenha me sentido injustiçada, deve ter uma explicação para isso, e das mais antigas. Aí é que está o problema: o mito. Ninguém tem a resposta, só seguem o que manda a tradição.
Explicando o título do post: meu ceticismo não é quanto à existência do sobrenatural, mas não acredito que exista algo de errado com mulheres menstruadas. Ouvi relatos de que elas não podem tocar na massa do bolo antes de ir para o forno.
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