Abaixo o feminismo
Postagem com o único propósito de achar um culpado para a situação que me encontro hoje, que não seja eu, obviamente.
Nem justifico as palavraqs acima, apenas digo que sim, o movimento feminista foi válido, mas hoje é uma grande bobagem. Sobretudo, porque as feministas educaram seus filhos como machistas. Ou fazer serviços domésticos e depois achar que fez um enorme favor não é ser machista? Sim, porque mesmo fazendo, os homens continuam esperando que as mulheres o façam.
Naquela época era outra coisa.
Aquelas que queimaram o sutien, queriam espaço, trabalho, reconhecimento, voz, mas esqueceram que assim que chegassem em casa, todas aquelas tarefas que se faz com todo o carinho, em nome do bem-estar da família, estariam alí, esperando. E que elas estariam de saco cheio.
Convenhamos: depois de horas de trabalho, stress do dia-a-dia e outros clichês, tem que ser santa (ou louca, talvez os dois) para lavar uma leiteira cujo leite grudou no fundo, com amor, além de toda a louça, almoço para o dia seguinte, roupa suja, roupa no varal, e similares.
Elas nunca tinham ouvido falar em delegar tarefa, ou achavam que eram supermulheres. Ah, tá. E eu entro nessa de carona. Eu posso ter vários atributos, se bons ou ruins não importa, que me conferem alguma pluralidade. O que me falta é aquilo que move as mulheres de hoje, que as motiva e chegarem em casa e se jogarem nos serviços domésticos com toda a convicção. Realmente, não consigo. A minha única vontade, quando chego, é ver meus dois pequenos. E depois, quando estiverem dormindo, fazer um monte de coisas. Nessa hora, talvez, tenha vontade de lavar o chão com esponjinha, ou jogar água sanitária pela casa toda. No meu tempo, que para os outros (e isso inclui meu rico marido, tarde demais).
Além de não ter um pingo de disciplina para essas coisas, ainda sou noctívaga. Eu faria tudo depois da meia-noite. Tarde, mas faria. E o mundo seguiria seu destino cruel sem maiores complicações.
O que mais me irrita, é que as amelias da vida, que vivem sua vidinha não vou dizer o quê, se acham melhores que eu. Sim. Só porque eu valorizo outras coisas, como convivência, e que acho que o trabalho (para mim estremamente enfadonho por causa da pressão), pode esperar mais duas horas.
E não me venha falar de exemplo. O exemplo tem seu valor sim, mas organização se aprende, ou se adquire, por experiência. O exemplo que dou é outro. Para mim, vale mais ler uma revista em quadrinhos com meu filho e mostrar o que é afeto, o que é família, o que é compartilhar, do que dar o exemplo de tirar a louça logo após o café. Claro que ensino isso também, mas é o tipo de coisa que ele aprenderá na prática, como eu aprendi.
Ouvi até que me entrasse na cabeça, que nesse mundo não há lugar para desorganizados. Por isso, tomo ritalina, para me encaixar nessa e em outras regras impostas. Para estar entre as que são polivalentes. E ainda assim, não consigo.
Isso tem sido a pedra no meu sapato.
Ou foco no que tenho de bom (que parece não fazer sentido, até já me perdi) ou lamento e peço desculpas por deixar a roupa na rua dois dias seguidos.
É assim tão grande meu crime?
(correção em letras miúdas: meu marido colabora, e muito, mas não me livro da culpa, nem da imcompetência)
Nem justifico as palavraqs acima, apenas digo que sim, o movimento feminista foi válido, mas hoje é uma grande bobagem. Sobretudo, porque as feministas educaram seus filhos como machistas. Ou fazer serviços domésticos e depois achar que fez um enorme favor não é ser machista? Sim, porque mesmo fazendo, os homens continuam esperando que as mulheres o façam.
Naquela época era outra coisa.
Aquelas que queimaram o sutien, queriam espaço, trabalho, reconhecimento, voz, mas esqueceram que assim que chegassem em casa, todas aquelas tarefas que se faz com todo o carinho, em nome do bem-estar da família, estariam alí, esperando. E que elas estariam de saco cheio.
Convenhamos: depois de horas de trabalho, stress do dia-a-dia e outros clichês, tem que ser santa (ou louca, talvez os dois) para lavar uma leiteira cujo leite grudou no fundo, com amor, além de toda a louça, almoço para o dia seguinte, roupa suja, roupa no varal, e similares.
Elas nunca tinham ouvido falar em delegar tarefa, ou achavam que eram supermulheres. Ah, tá. E eu entro nessa de carona. Eu posso ter vários atributos, se bons ou ruins não importa, que me conferem alguma pluralidade. O que me falta é aquilo que move as mulheres de hoje, que as motiva e chegarem em casa e se jogarem nos serviços domésticos com toda a convicção. Realmente, não consigo. A minha única vontade, quando chego, é ver meus dois pequenos. E depois, quando estiverem dormindo, fazer um monte de coisas. Nessa hora, talvez, tenha vontade de lavar o chão com esponjinha, ou jogar água sanitária pela casa toda. No meu tempo, que para os outros (e isso inclui meu rico marido, tarde demais).
Além de não ter um pingo de disciplina para essas coisas, ainda sou noctívaga. Eu faria tudo depois da meia-noite. Tarde, mas faria. E o mundo seguiria seu destino cruel sem maiores complicações.
O que mais me irrita, é que as amelias da vida, que vivem sua vidinha não vou dizer o quê, se acham melhores que eu. Sim. Só porque eu valorizo outras coisas, como convivência, e que acho que o trabalho (para mim estremamente enfadonho por causa da pressão), pode esperar mais duas horas.
E não me venha falar de exemplo. O exemplo tem seu valor sim, mas organização se aprende, ou se adquire, por experiência. O exemplo que dou é outro. Para mim, vale mais ler uma revista em quadrinhos com meu filho e mostrar o que é afeto, o que é família, o que é compartilhar, do que dar o exemplo de tirar a louça logo após o café. Claro que ensino isso também, mas é o tipo de coisa que ele aprenderá na prática, como eu aprendi.
Ouvi até que me entrasse na cabeça, que nesse mundo não há lugar para desorganizados. Por isso, tomo ritalina, para me encaixar nessa e em outras regras impostas. Para estar entre as que são polivalentes. E ainda assim, não consigo.
Isso tem sido a pedra no meu sapato.
Ou foco no que tenho de bom (que parece não fazer sentido, até já me perdi) ou lamento e peço desculpas por deixar a roupa na rua dois dias seguidos.
É assim tão grande meu crime?
(correção em letras miúdas: meu marido colabora, e muito, mas não me livro da culpa, nem da imcompetência)
Comentários
É uma das coisas más do modernismo. É uma das coisas más do capitalismo, que diga-se de passagem tem sido mais duro para as mulheres que para os homens.