Confesso que adoro costurar. Podem me chamar de tia velha, de tradicional, de ultrapassada, não ligo, nem de longe sou. Me permito essa contradição: posso ser das mais atrevidas e simultaneamente, aderir ao DIY, gostar de tudo handmade. Posso pintar o mais abstrato dos quadros e costurar. Posso amar tecnologia, internet, desenhos vetoriais e linhas e agulhas. Problema nenhum. Diversidade humana. No meu caso, adversidade, é no que se resume.
Gosto de pegar um algodãozinho e tranformá-lo numa peça cheia de estilo, num vestido romãntico, numa blusa fashion, ou numa peça básica. É bom pegar um tecido, sem graça nenhuma e tranformá-lo em algo estiloso, belo, objeto de desejo. Esse é o barato da costura.
Barato, que abri mão. E, olhe que não sou mulher de desistir. Mas, da forma mais cruel, estou obedecendo meus limites. A partir de hoje, não passo de uma secretária, que ganha uma miséria, de uma dona-de-casa das mais incompetentes e de uma bela de uma pretensiosa.
Larguei. Não posso abraçar o mundo. Pintar, trabalhar, estudar (quase nunca), dar atenção aos meus filhos, essas coisaas.
Reparem que não incluí "cuidar de mim" no rol. Eu cuidava de mim trabalhando, criando. Agora, cuidar de mim, significa tomar minhas ritalinas, arrumar a casa, como faria uma dona-de-casa padrão. Assim, mantenho a paz aqui em casa, e por consequência, cuido de mim.
Definitivamente, não sou e nem quero ser padrão. Mas... pelo bem de um casamento que nem sei se vai longe, abro mão de um prazer (e de uma necessidade tão vital quanto respirar) como esse: criar.
Fim dos retalhos, das manchas de tinta, dos fiapos de linha, das canetas, réguas, tintas sobre o armário da cozinha, cola, da falta de espaço, da louça na pia esperando. Fim também, das roupinhas da Mariana, dos meus vestidinhos, da pintura em tela (que gosto tanto), das cestas descoladas, das caixinhas e organizadores. Fim da soluções criativas.
Vou ter mais tempo para tirar o pó da TV.
É deprimente. É covarde. Mas eu não posso tudo.
QUE RAIVA! SAI AGORA DA MINHA FRENTE QUE NÃO RESPONDO POR MIM!
Gosto de pegar um algodãozinho e tranformá-lo numa peça cheia de estilo, num vestido romãntico, numa blusa fashion, ou numa peça básica. É bom pegar um tecido, sem graça nenhuma e tranformá-lo em algo estiloso, belo, objeto de desejo. Esse é o barato da costura.
Barato, que abri mão. E, olhe que não sou mulher de desistir. Mas, da forma mais cruel, estou obedecendo meus limites. A partir de hoje, não passo de uma secretária, que ganha uma miséria, de uma dona-de-casa das mais incompetentes e de uma bela de uma pretensiosa.
Larguei. Não posso abraçar o mundo. Pintar, trabalhar, estudar (quase nunca), dar atenção aos meus filhos, essas coisaas.
Reparem que não incluí "cuidar de mim" no rol. Eu cuidava de mim trabalhando, criando. Agora, cuidar de mim, significa tomar minhas ritalinas, arrumar a casa, como faria uma dona-de-casa padrão. Assim, mantenho a paz aqui em casa, e por consequência, cuido de mim.
Definitivamente, não sou e nem quero ser padrão. Mas... pelo bem de um casamento que nem sei se vai longe, abro mão de um prazer (e de uma necessidade tão vital quanto respirar) como esse: criar.
Fim dos retalhos, das manchas de tinta, dos fiapos de linha, das canetas, réguas, tintas sobre o armário da cozinha, cola, da falta de espaço, da louça na pia esperando. Fim também, das roupinhas da Mariana, dos meus vestidinhos, da pintura em tela (que gosto tanto), das cestas descoladas, das caixinhas e organizadores. Fim da soluções criativas.
Vou ter mais tempo para tirar o pó da TV.
É deprimente. É covarde. Mas eu não posso tudo.
QUE RAIVA! SAI AGORA DA MINHA FRENTE QUE NÃO RESPONDO POR MIM!
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