dia dos mais agitados

(como todos os outros). Para mim, é sempre final de ano, véspera de alguma coisa.

Ansiosa, esperando. Tentando antecipar.

Quadros para terminar, encomendas de trabalhos, grandes e desafiadores. Pintar um quadro com sutileza e suavidade, é sim, um grande desafio para uma pessoa feito eu. E é isso que devo fazer: não sei como. Mas... vou fazê-lo, custe o que custar.

Meu menino, tem um ouvido com perda auditiva. Nessa idade! E eu, tentando dizer para ele que vai ficar meio biônico, se tiver que usar o aparelho, enquanto meu marido diz que estou apavorando a criança. Mas, espera aí... não é justamente o contrário? Se tiver que usar, ainda não sabemos, quero que se sinta confiante e que considere isso apenas mais uma particularidade, ora!

Confesso que esse é mais um caso típico onde eu omito a minha verdadeira opnião, certa de que vou ter um trabalho do cão para convencer as pessoas de que não, não vejo nada de errado em usar aparelho auditivo e que sim, claro que preferiria que fossem os dois ouvidos saudáveis.

Não querendo se pollyana (sendo), tem crianças com problemas bem piores de lidar. Fato. Não vou nem citar, fica por conta da imaginação de cada um.

Minha menina, com o nariz escorrendo. Tá bom, é cedo para pensar em bronquite, mas... Ela ainda é bebê! Já dei antialérgico (sem corticóides, que não sou tão demente).

Muito trabalho, ainda bem que correndo como o esperado. Um esquecimentozinho aqui, outro ali, mas não fico mais tão louca por conta das minhas falhas.

Ufff.

Uma pausa para respirar.

(e aquela sensação inapropriada de "será cedo para comemorar?")

(já caí tantas vezes, e esses últimos tombos me deixaram tão machucada, que agora tenho medo de andar)

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