Faith

Eu era assim: não tendo, a gente providencia. Não há mal que sempre dure, diz minha mãe. Essa era a minha fé.

Até que o pessimismo tomou conta de mim, e o meu lema mudou: nada está tão ruim que não possa piorar. Aquela coisa: de tanto ver dar errado, acabei me convencendo de que esse era o rumo natural das coisas. Sentimento típico de dda, traço, que só se manifestou com força nos últimos tempos, me enchendo de vergonha. Era um sentimento contraditório, me envergonhava por me ver realista e, ao mesmo tempo, justificava. Bom, aí, é aquilo que todos sabemos: a pessoa acaba fortalecendo mais e mais o sofrimento, cada vez que o justifica, o efeito é como se estivesse o alimentando.

Há uns anos atrás, eu me orgulhava de ser otimista, mas nos últimos tempos considerava todos os otimista uns cretinos. E eu, assumo ser cética. Quanto engano...

Hoje dou a cara à tapa: sim, as coisas podem melhorar, e muito. E me sinto bem melhor, assim, otimista e tento me convencer de uma vez por todas, que nenhum realista é melhor, mais vitorioso ou mais feliz que um sonhador. Se isso me garantir a tag CRETINA, usarei-a com orgulho.

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