Tentando achar palavras (para que eu mesma entenda)

Depois desse rompimento/afastamento da minha mãe, não sei ainda o quê pensar. É claro que lamento, ela mesma me ensinou a não se assim. Mas por outro lado, eu parecia ter caído por acaso na minha família.

Uma estranha no ninho, compartilhando o mesmo sangue.

Não sei se minha mãe e minhas irmãs levam em conta o fato de que apesar dos meus defeitos, da língua ferina e da impulsividade, entendo e gosto de cada um como é. Portanto, não farei a menor falta.

Nem de longe sou a filhinha que a minha mãe pediu a Deus (menos mau que ela tem mais duas, a nora e meu irmão), a para piorar, sou exigente com as pessoas como sou comigo mesma e contundente. Isso tudo ela não gosta, mas o que ela realmente abomina é esse último atributo. Ela esquece que o fato de reconhecer defeitos em alguém, não quer dizer que eu vá pôr fogo na pessoa, encomendar seu assassinato ou comer a vísceras com ovos mexidos, e que quase sempre, foi uma defesa.

Talvez eu devesse ter sido (aparentemente) boazinha. Mas eu pensava que uma mãe amasse seus filhos apesar de seus defeitos (que às vezes, são qualidades).


Então, seguimos.

(não, não tive medo de parecer infantil, carente ou imatura depois desse post)

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