Traduzindo

Conheci um judeu legítimo, quem me lê sabe. Sabe aquelas pessoas que a gente simpatiza na hora? Que se tem a sensação de poder confiar? Dessas.
Sabe aquele tipo de homem que não fala contigo chegando muito perto ou olhando os seus peitos? Que a gente pensa que pode se mostrar, se abrir? (em alguns casos, inclusive as pernas, aahahah)

Na primeira vez que esteve aqui, falamos sobre judaísmo. Me disse algumas palavras em hebraico. Me ensinou a pronúncia (nada a ver com supostas habilidades orais, tá?). Me disse que em hebraico, dizer jesus cristo, é o mesmo que dizer 666. O correto seria: pronunciando, iarrochua (YHWH) que significa "Pai, salva". Achei lindo.

E quem apareceu aqui outro dia? Ele.

E a conversa continuou, do ponto onde parou mesmo tendo passado meses. Judaísmo, budismo, santos, devoção, críticas, diabo, e se o feminismo de ontem é necessário hoje, essas coisas. (notaram que deixei tudo explicadinho? é para a navegante desavisada*)

Tudo o que se refere à espiritualidade, ao bem-estar psíquico, me causa grande atração.

Esse blog tem esse nome, porque me sinto mesmo um peixe fora d'água, e dificilmente sou entendida de fato. Então traduzindo os acontecimentos e os sentimentos para o meu hebraico (forma genérica de designar coisas que ninguém parece entender), fica mais fácil suportar. E resulta nisso, que vocês estão vendo: bem mais descomplexado.

* Lembram da moça que fez uma fofoca bem real? À ela tenho a dizer que converso com homens e mulheres da mesma maneira, tenho amigos dos dois sexos e suas variações, não adianta ficar chocadinha e ir correndo contar para a mãe. Isso é moralismo barato.

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