Sal nas feridas, sol para secar o xixi que levei
Sabe quando uma criança leva uma mijada? Eu sei. Foi assim. Ontem a vice-diretora da escola da Mariana me repreendeu por tê-la levado dois dias seguidos somente à tarde.
Na verdade, ela me mijou como quem mija uma criança. Assim, em poucas palavras, se fazendo de desentendida, tive que falar três vezes que não, não mudamos o horário dela, que foram só esses dois dias. Eu já estava com aquela cara de uadarréu, não acredito nisso!, e por isso não respondi com tom de voz condizente com a situação.
Dois dias, para ela, soa como sempre.
Ela tinha razão. Mas por mais razão que tivesse, não poderia falar comigo daquele jeito, nem ignorar o que eu estava dizendo e muito menos achar que dois dias configuram um hábito.
Esse assunto me tirou o sossego por toda a tarde. Fiquei com aquela sensação velha conhecida de ter feito algo muito, mas muito errado. Preferia esquecer o assunto. Não costumo me queixar da estupidez alheia e já já vão entender o porquê.
Acontece, que meu marido, quando foi buscar a menina à tardinha, ouviu tudo de novo. Talvez com dose menor de arrogância. Aí falei para ele, num impulso.
Agora, conto o pano para a manga que a história rendeu.
Me senti mais (.......) ainda. Não costumo dizer que fulano foi agressivo comigo, por que a vida toda, não foram os outros que foram contundentes, eu é que me ofendi. Ah, tá. Para não passar atestado de ofendidazinha, ignoro certos atos estúpidos sempre que consigo controlar minha reação. Vale lembrar que a contundente aqui sou eu. Resumindo, se não reajo (e o título de grosseira mor fica comigo), fica o dito pelo não dito. Para não ter um carimbo na testa de:
Tadinha, não suporta que falem mais alto com ela!
ou de:
Olha os olhos de fera, tira a faca das mãos dessa mulher!
acabo passando por cima desse tipo de situação.
Não, não foi o Clóvis que me acusou de vulnerável. Eu é que fiquei indignada por ter constatado que a falta de educação alheia é tida como fragilidade minha. E que raiva controlei ontem quando vi isso!
E a gota d'água: ele acha que ela agiu assim, porque é "alemoa", como se diz por aqui. É sabido por todos que os alemães (daqui, pelo menos) não são experts em polidez. Claro que há exceções, muitas, mas é um hábito tão arraigado que passa a ser inconsiente. Não que isso justifique, segundo ele, mas explica. Essa é uma cidade de origem alemã, inlcusive ele é. Acontece que eu não sou e mereço ser tratada com respeito, idependente disso.
Não se tratava da suposta superioridade atribuída aos alemães, já que estávamos em condições iguais, eu pareço alemã. Não era a "alemoa" chingando a cumunzinha. Era uma ignorante, mesmo.
Foi bom para eu aprender de uma vez por todas que preciso achar o meio termo.
(Natália, viu como a terapia cognitivo comportamental faria mesmo diferença? Tu estava certa...)
Na verdade, ela me mijou como quem mija uma criança. Assim, em poucas palavras, se fazendo de desentendida, tive que falar três vezes que não, não mudamos o horário dela, que foram só esses dois dias. Eu já estava com aquela cara de uadarréu, não acredito nisso!, e por isso não respondi com tom de voz condizente com a situação.
Dois dias, para ela, soa como sempre.
Ela tinha razão. Mas por mais razão que tivesse, não poderia falar comigo daquele jeito, nem ignorar o que eu estava dizendo e muito menos achar que dois dias configuram um hábito.
Esse assunto me tirou o sossego por toda a tarde. Fiquei com aquela sensação velha conhecida de ter feito algo muito, mas muito errado. Preferia esquecer o assunto. Não costumo me queixar da estupidez alheia e já já vão entender o porquê.
Acontece, que meu marido, quando foi buscar a menina à tardinha, ouviu tudo de novo. Talvez com dose menor de arrogância. Aí falei para ele, num impulso.
Agora, conto o pano para a manga que a história rendeu.
Me senti mais (.......) ainda. Não costumo dizer que fulano foi agressivo comigo, por que a vida toda, não foram os outros que foram contundentes, eu é que me ofendi. Ah, tá. Para não passar atestado de ofendidazinha, ignoro certos atos estúpidos sempre que consigo controlar minha reação. Vale lembrar que a contundente aqui sou eu. Resumindo, se não reajo (e o título de grosseira mor fica comigo), fica o dito pelo não dito. Para não ter um carimbo na testa de:
Tadinha, não suporta que falem mais alto com ela!
ou de:
Olha os olhos de fera, tira a faca das mãos dessa mulher!
acabo passando por cima desse tipo de situação.
Não, não foi o Clóvis que me acusou de vulnerável. Eu é que fiquei indignada por ter constatado que a falta de educação alheia é tida como fragilidade minha. E que raiva controlei ontem quando vi isso!
E a gota d'água: ele acha que ela agiu assim, porque é "alemoa", como se diz por aqui. É sabido por todos que os alemães (daqui, pelo menos) não são experts em polidez. Claro que há exceções, muitas, mas é um hábito tão arraigado que passa a ser inconsiente. Não que isso justifique, segundo ele, mas explica. Essa é uma cidade de origem alemã, inlcusive ele é. Acontece que eu não sou e mereço ser tratada com respeito, idependente disso.
Não se tratava da suposta superioridade atribuída aos alemães, já que estávamos em condições iguais, eu pareço alemã. Não era a "alemoa" chingando a cumunzinha. Era uma ignorante, mesmo.
Foi bom para eu aprender de uma vez por todas que preciso achar o meio termo.
(Natália, viu como a terapia cognitivo comportamental faria mesmo diferença? Tu estava certa...)
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