Eu nem queria, mesmo...

Iniciando e espero que encerrando por aqui o assunto Adriano.

Engana-se quem pensa que é um pitaco no assunto futebol. Falo de sonho, de luta, de comprometimento, de decisão. De querer de fato. De merecer.


Levanto bandeira, sou radical. Apaixonada. Extremista. Mas principalmente, avessa à restrições. Odeio limites simples, convenções bobas.

Mais ou menos como: sim, o cara pode ser bandido e boa gente similtaneamente. Eu, é que não. Aceito que outros possam. Exemplo, apenas. O cara pode ser infiel e ter uma grande capacidade de amar. Possível. Why not? As pessoas podem ser contraditórias e uma atitude num âmbito não significa que o seja em todos os aspectos.

Mas não vou defender Adriano. Nem estou com peninha dele. Não confio nele. Não deixaria nem o gato aqui de casa sob os cuidados dele.

(Ele não quer de fato defender a seleção, o país. Tenho certeza que seu lugar foi ocupado por alguém que tem mais comprometimento. Assim é para mim. Eu, se quisesse defender meu país, seria atleta, faria da seleção o meu objetivo maior. Me dedicaria de corpo e alma, como faço com aquilo que é a razão da minha vida.)

Merecimento. Palavra bonita que acaba comovendo todo o mundo. Eu, perna-de-pau, cuja única habilidade física seja o arremesso de colheinha modalidade pia à cinco metros, poderia achar que ele merece porque joga bem. Merecimento é coisa que não acho que ele tenha agora. Volto a dizer: por esses motivos não tenho nem um pingo de pena.

Espero que a mídia não lamente até o fim da copa. Ou serei mais uma vez rotulada de insensível, contraditória. Talvez seja, mas não %$#@ e (*&&¨¨%, e também &¨%%$#@ e ainda assim esperando ser convocada. Bem pior.

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