Mas para mostrar que não sou assim tão má:

Conversei com meu filho e ensinei que ninguém pode rir da mãe de ninguém, que não se faz com os outros o que não queremos para nós.
-Mas ela não toma banho!
-Nem assim.
-O pessoal diz que ela tem piolho!
-Também não. Tu não ia gostar que rissem da tua mãe, ia?
-Não.

Combinado e fiz com que ele aderisse à causa. Estava proibido de rir dela, do colega e deveria advertir os colegas que rissem, questionando se gostariam que rissem de suas mães.

Eu vi ela uma vez e me deu muita pena. Calorão do inferno e ela de blusa de lã. Cabelo quase raspado, peso de anoréxica. E bonita, ainda assim. Bairro pobre, se vê realmente de tudo lá, e papelão mais ridículo faz quem age como a moça do post abaixo. Nem acredito que disse isso, que chamei de ridículo, tinha prometido para mim mesma que não faria isso, mas gente, ela merecia, confiram depois. Deveria ter fotografado, as duas, para que possam entender a razão crítica e minha solidariedade.

Voltando ao assunto, a mãe do colega me parecia transtornada, e estava lá, com pelo menos uma hora de antecedência aguardando o início da apresentação do filho.

Muita mãe bem normal não faz questão de ver o filho se apresentar.

Agora, meu filho reclama que os colegas continuam rindo dela, mesmo que ele diga que não acha certo, e que já avisou os colegas várias vezes que não se pode fazer isso. Eu insisto: é assim mesmo, meu filho. A gente não ri dos doentes da cabeça, a gente ri dos normais mesmo.

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