Um amor para chamar de meu
Uma vez eu me casei. Não era um sonho, eu nem queria mas aceitei. Fiquei linda de noiva, de véu, vestido tipo merengue, pérolas. Meu noivo no altar esperando... Ele tinha entrado ao som de Let it be. Pensadinha antes do fatídico "sim".
Sabem por que fiz isso se eu não queria? Por que eu achava que aquela era minha única chance de ter um casamento de fato (e não me refiro à cerimômia), e que daquela forma era que se expressavam os amores mais profundos. Enquanto o Clóvis tinha mudado de cidade, voltaria para a ex-mulher (eu supunha), meu namorado queria casar comigo. Casar. Ele não pretendia ir embora, nem tinha um (des)amor para quem pudesse voltar, queria cuidar de mim. E também por que não sei dizer não de forma convincente.
E ele era divertido. Ao contrário do "..." que eu tinha antes, que era uma mala, feio por dentro e por fora (sim caros leitores, já tinha me jogado fora antes, assumo). Bem todo bêbado e drogado é, no mínimo divertido. Depois mostrou que podia ser tão mala quanto o anterior e quem deveria cuidar dele como um bebê era eu. Ah, tá. Legal. But, let it be, que as coisas se ajeitam. Basta let it be, não é?
E sabem de mais uma coisa? A julgar pela música desprovida de romantismo que ele entrou na igreja, dava para ter uma noção do que viria nos próximos capítulos. E gente, foi uma novela... das mais mexicanas!
Agora me digam: era ou não era a ingênua mor? Merecia o troféu pollyana, não? Entrei várias vezes na fila da ingenuidade e saí de lá repleta, com tudo o que esta trás junto, compilado. Bobice, humor, cegueira parcial, estalos, caídas na real.
Claro que um dia cansei de ser sexy, digo, tonga, e fui lá devolver boa parte da ingenuidade, que estava me fazendo mal. Fui lá e ah-rá, troquei por... ceticismo! Peguei a versão beta for dummies (ainda não sei ao certo se vai funcionar direito por muito tempo).
Quanto ao casamento, fomos felizes para sempre. Separados.
Anos depois, comprovei que eram verdadeiros os rumores que diziam que amor se prova no dia-a-dia e nas situações mais inusitadas, adversas ou não. E ele, hoge é um alcoolatra em recuparação, depois de ter bebido todas, merecido o apelido de aladim, mudado de cor e quase passado dessa para uma melhor. Do verbo: quase morreu e caiu na real.
(Pelo que se vê, parou de comemorar a separação. :))
Sabem por que fiz isso se eu não queria? Por que eu achava que aquela era minha única chance de ter um casamento de fato (e não me refiro à cerimômia), e que daquela forma era que se expressavam os amores mais profundos. Enquanto o Clóvis tinha mudado de cidade, voltaria para a ex-mulher (eu supunha), meu namorado queria casar comigo. Casar. Ele não pretendia ir embora, nem tinha um (des)amor para quem pudesse voltar, queria cuidar de mim. E também por que não sei dizer não de forma convincente.
E ele era divertido. Ao contrário do "..." que eu tinha antes, que era uma mala, feio por dentro e por fora (sim caros leitores, já tinha me jogado fora antes, assumo). Bem todo bêbado e drogado é, no mínimo divertido. Depois mostrou que podia ser tão mala quanto o anterior e quem deveria cuidar dele como um bebê era eu. Ah, tá. Legal. But, let it be, que as coisas se ajeitam. Basta let it be, não é?
E sabem de mais uma coisa? A julgar pela música desprovida de romantismo que ele entrou na igreja, dava para ter uma noção do que viria nos próximos capítulos. E gente, foi uma novela... das mais mexicanas!
Agora me digam: era ou não era a ingênua mor? Merecia o troféu pollyana, não? Entrei várias vezes na fila da ingenuidade e saí de lá repleta, com tudo o que esta trás junto, compilado. Bobice, humor, cegueira parcial, estalos, caídas na real.
Claro que um dia cansei de ser sexy, digo, tonga, e fui lá devolver boa parte da ingenuidade, que estava me fazendo mal. Fui lá e ah-rá, troquei por... ceticismo! Peguei a versão beta for dummies (ainda não sei ao certo se vai funcionar direito por muito tempo).
Quanto ao casamento, fomos felizes para sempre. Separados.
Anos depois, comprovei que eram verdadeiros os rumores que diziam que amor se prova no dia-a-dia e nas situações mais inusitadas, adversas ou não. E ele, hoge é um alcoolatra em recuparação, depois de ter bebido todas, merecido o apelido de aladim, mudado de cor e quase passado dessa para uma melhor. Do verbo: quase morreu e caiu na real.
(Pelo que se vê, parou de comemorar a separação. :))
Comentários
beijo amiga