Meu ex-marido, certa vez, escreveu uma carta. Não era uma carta romântica. Era mais um desabafo. Um atestado do que tínhamos vivido, do quanto precisava de mim, da visão que ele tinha dessa mulher. A visão que ele tinha era das mais verdadeiras, fazia todo o sentido. Defeitos, que sabíamos mas que ele omitiu na hora e as qualidades que às vezes me parecem tão difíceis de enxergar por conta própria.
Vaidade? Não. Cegueira.
Nunca consegui ler sem chorar.
Um dia, num ataque de raiva, rasguei em pedacinhos. Enquanto rasgava, já me arrependia. Sorte dele. Ainda bem que quem sofreu os danos (físicos) foi o papel.
Azar meu. Hoje, eu adoraria ler de novo.
Preciso abrir os olhos.
Vaidade? Não. Cegueira.
Nunca consegui ler sem chorar.
Um dia, num ataque de raiva, rasguei em pedacinhos. Enquanto rasgava, já me arrependia. Sorte dele. Ainda bem que quem sofreu os danos (físicos) foi o papel.
Azar meu. Hoje, eu adoraria ler de novo.
Preciso abrir os olhos.
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