Sempre gostei do pc que estava usando. Tinha os programas que eu precisava, um teclado confortável, era relativamente rápido, uma beleza.
Clóvis insistia em dizer que o computador era meu, mas só resolvi tomar posse de fato há uns dois ou três meses atrás.
Já estava acostumada à ideia de que se me separasse, além das crianças, dos materiais de trabalho livros e revistas, sairia com o pc embaixo do braço.
E recentemente tinha instalado mais uns aplicativos que precisava. Como esse blogue não trata de assuntos "pollyanísticos" já podem imaginar o resto do post.
Pois bem, estava eu bem querida, bem mimosa e ele emite todo entusiasmado:
-Tenho uma para te contar: vendi o pc! (com aquela cara feliz)
-Ãh? (com a mais legítima expressão tipo "what a fucking hell he is telling me?" Mas e os programas, a memória, o aprendizado do Gui?
-No note.
-Então tá, né...
E o chão se abriu sobre meus pés.
Está bem, não foi tanto assim, não houve drama, mas... Concordei, os argumentos dele eram bem convincentes e não houve maldade. Fiquei surpresa, e apreensiva. Com aquela sensação tão familiar de que nada é definitivo.
Logo agora que tinha baixado as fotos, tinha meus arquivos TODOS ali, os programas que eu precisava e memoria disponível, se eu quisesse.
E não que eu seja egoísta, incapaz de compartilhar, mas a memória vai ser insuficiente são cinco programas todos pesados, e vai ser uma novela monitorar o gui e a reação do clóvis diante da ideia de tê-lo usando o computador dele.
Ele vai me matar assim que ler isso, mas verdade seja dita: se uma ordem não é seguida à risca, então ele proíbe eternamente. Ele vai me matar outra vez, mas tenho exemplos que comprovam. E me digam, como é que se faz para transformar uma criança num robô, incapaz de ousar, ou de errar? Aprender se faz com tentativas, ora! Me dá angústia só de imaginar esse meio-campo ingrato que vou ter que fazer. E me dá raiva saber que o meu papel seria ensinar, e não evitar que erre a qualquer custo sob pena de não usar mais o famoso notebook. GRRR. Respira, manso, slow, digo para mim mesma.
Tomei as devidas providências, e já estava me acostumando à ideia de usar o note dele e administrar tudo isso quando...
-O rapaz desistiu, disse que a ex-mulher já tinha comprado outro.
Nem comemorei, eu não queria mais mesmo...
Ah tá. E segue a vida. Isso é para eu aprender... Devo continuar tendo meus arquivos no e-mail, como vinha fazendo e no máximo em cd, ou me desapegar de tudo.
Recomeçar é meu nome de batismo. Graziela Recomeçar. Minha família poderia me chamar de Rê.
Hoje recomeço a salvar tudo o que o e-mail comporta.
(espero ser alertada sobre os erros de português, ontem inverti palavras, andei escrevendo hoje com g, sáo para citar dois exemplos).
Clóvis insistia em dizer que o computador era meu, mas só resolvi tomar posse de fato há uns dois ou três meses atrás.
Já estava acostumada à ideia de que se me separasse, além das crianças, dos materiais de trabalho livros e revistas, sairia com o pc embaixo do braço.
E recentemente tinha instalado mais uns aplicativos que precisava. Como esse blogue não trata de assuntos "pollyanísticos" já podem imaginar o resto do post.
Pois bem, estava eu bem querida, bem mimosa e ele emite todo entusiasmado:
-Tenho uma para te contar: vendi o pc! (com aquela cara feliz)
-Ãh? (com a mais legítima expressão tipo "what a fucking hell he is telling me?" Mas e os programas, a memória, o aprendizado do Gui?
-No note.
-Então tá, né...
E o chão se abriu sobre meus pés.
Está bem, não foi tanto assim, não houve drama, mas... Concordei, os argumentos dele eram bem convincentes e não houve maldade. Fiquei surpresa, e apreensiva. Com aquela sensação tão familiar de que nada é definitivo.
Logo agora que tinha baixado as fotos, tinha meus arquivos TODOS ali, os programas que eu precisava e memoria disponível, se eu quisesse.
E não que eu seja egoísta, incapaz de compartilhar, mas a memória vai ser insuficiente são cinco programas todos pesados, e vai ser uma novela monitorar o gui e a reação do clóvis diante da ideia de tê-lo usando o computador dele.
Ele vai me matar assim que ler isso, mas verdade seja dita: se uma ordem não é seguida à risca, então ele proíbe eternamente. Ele vai me matar outra vez, mas tenho exemplos que comprovam. E me digam, como é que se faz para transformar uma criança num robô, incapaz de ousar, ou de errar? Aprender se faz com tentativas, ora! Me dá angústia só de imaginar esse meio-campo ingrato que vou ter que fazer. E me dá raiva saber que o meu papel seria ensinar, e não evitar que erre a qualquer custo sob pena de não usar mais o famoso notebook. GRRR. Respira, manso, slow, digo para mim mesma.
Tomei as devidas providências, e já estava me acostumando à ideia de usar o note dele e administrar tudo isso quando...
-O rapaz desistiu, disse que a ex-mulher já tinha comprado outro.
Nem comemorei, eu não queria mais mesmo...
Ah tá. E segue a vida. Isso é para eu aprender... Devo continuar tendo meus arquivos no e-mail, como vinha fazendo e no máximo em cd, ou me desapegar de tudo.
Recomeçar é meu nome de batismo. Graziela Recomeçar. Minha família poderia me chamar de Rê.
Hoje recomeço a salvar tudo o que o e-mail comporta.
(espero ser alertada sobre os erros de português, ontem inverti palavras, andei escrevendo hoje com g, sáo para citar dois exemplos).
Comentários