Ando...
Cheia de ideias, mas todas elas competindo pela execução imediata. Até aí tudo bem, é só uma questão de logística. Listar todas, ver o que é mais urgente ou importante e o principal: se não estou esquecendo de nada. Nessa parte aprendi a pedir ajuda ignorando o fato de que para um dda soa como "sou tão imbecil que naõ consigo resolver coisinhas práticas, vitais ou insignificantes". Isso eu aprendi a burlar, pelo menos na maioria das vezes. Lembro das vezes que ajudei pessoas bem menos ddas que eu a tomarem decisões sensatas e não as considerei burras, ou incapazes. E acabo pedindo ajuda. :)
Cheia de insights, e todos eles, da mesma forma que as ideias, competindo pelo pensamento consciente. Essa é uma das partes mais difíceis do dda, até que se consiga contornar. Geralmente quando estou assim, coisa que só não acontece quando estou fazendo alguma coisa muito interessante, procuro algo que me concentre totalmente, para fazer cessar esse turbilhão todo. Nem sempre são pensamentos maus, mas muitos ao mesmo tempo não há quem aguente! E nesse inesperado iminente, me sinto à deriva. De repente posso ir em queda livre se algo me parecer coerente. Nem todo o raciocínio lógico é capaz de conter. Ao menos até hoje, poucas vezes consegui.
Quando estou assim, procuro tudo o que possa favorecer a alegria (para evitar o que pode me levar sem aviso para o fundo), e a criatividade (para concentrar numa coisa só e evitar o maremoto).E o que posso fazer quando o cérebro não da sossego e não posso me dedicar às coisas que gosto, que são mais interessantes e por isso favorecem a concentração? Ficar à mercê. E tenho saudade da ritalina, que me deixava uma só, e bem mais estável principalmente quando os dias não eram interessantes. Depois de uma boa dose de ritalina, dá um vontade de fazer o que tem que ser feito, de seguir os padrões sem maiores traumas. Fazer uma coisa chata, é somente fazer uma coisa chata que sob o efeito do medicamente, passa a ser não tão desagradável. Mesmo fazendo coisas nada interessantes os hormonios do bem estar continuam agindo.
Só quem é dda sabe o que é isso. Quem não é, pode achar tudo besteira, exagero, algo totalmente contornável. E é. Mas diga para um apaixonado que a paixão dele vai passar e que ele vai odiar o objeto de sua paixão em meses. Pensa que faz algum sentido na cabeça do sujeito? Não.
Nós ddas, temos também problemas reais, dores reais, que tomam conta de forma inesperada. Isso é o que mais assusta: quando virá o próximo estado de fundo do poço. O meu está me assombrando muito nesses últimos dias. Bem mesmo fazem anos que não estou. E assim como não não tenho motivos para estar triste, também tenho inúmeros para estar chateada sim. Então é só optar? Tem horas que naõ é possível. A tristeza vem e pronto. É um fator orgânico, hormonal. O cérebro simplesmente não tem as doses de dopamina que precisa. Aí a gente vai atrás, ninguém opta por ficar triste, mesmo que não veja saída. E vai em busca de qualquer coisa que deixe um pouquinho feliz.
Eu vou em busca de novas perspectivas, de novidade. Mas demonstrações de carinho, aceitação, compreensão fazem muita diferença, e essas tem sido cada vez mais raras. Parece que no momento que a gente mais precisa é que somos cobrados pela "alegria" que não temos no momento.
E minha vontade de ficar sozinha só aumenta. Mas para onde vou fugir?
Não podendo fazer nada disso, nem responder essa pergunta, volto ao início: uma coisa que me concentre, fazer uma lista e organizar minha vida, meus dias, e uma novidade pelo amor de deus... Pode ser algo velho reinventado, adoro!
Comentários
E quanto aos momentos mais monótonos também fazem parte. Talvez fosse boa ideia começar a "jogar" com eles e em vez de ficares triste, poderes "vê-los" como momentos de paz, tranquilidade e meditação, e nunca como algo aterrorizador. Há muita gente que precisa desses momentos de tal vida agitada e não os tem.
Jogar com eles, é uma das soluções.. ;)
bjo, minha amiga...
Preciso abrir os olhos... Mas ainda não sei o que fzer com aquela tristeza que toma conta como se o mundo fosse acabar, sem razão aparente (e justificada por muitas) mesmo que esteja tudo bem.
Um dia eu aprendo e fico somente com o lado bom do dda. Eu quero muito isso.