nostalgia


Saudade da minha cidade, de uma vida que larguei e que não tenho a menor chance de ter de volta. Nem parecida! De uma época em que eu era livre, do início ao fim. Me sentia a dona do mundo, capaz de tudo, senhora absoluta do meu destino. Uns chamam isso de imaturidade, outros de ilusão eu já acho que é transtorno bipolar na fase da euforia :))))

Eu achava que a partir dalí poderia fazer qualquer coisa e que minha única limitação era a relativa falta de beleza. Acreditava eu (e talvez fosse mesmo) que era feia, muito feia e é claro compensava isso de algum jeito. O fato é que não fiz muita coisa daquilo que quis, e meu sucesso foi o mesmo depois que fiquei supostamente gata. Aí descobri (tomara que nao tardiamente) que feia ou bonita, para ter sucesso importa mesmo é o quanto a gente acredita nos sonhos e vai atrás deles. Importa mesmo e não ter um medo absurdo do fracasso. E mais que isso, não se casar para ter a quem culpar pelo insucesso. Sim, porque eu casei porque não acreditava de fato que fosse chegar a algum lugar então poderia me casar, abrir mão da liberdade nesse sentido (e mais tarde nos outros sentidos também).

Não sei se são esses os segredos do sucesso mas estou testando um por um.


Brincadeiras e ironias à parte, eu era feliz. Inquieta, ansiosa, mas feliz. Fui à esse show sozinha. E quando digo sozinha é alone, mesmo, sem nenhuma companhia e fiz isso por opção. Eu exercia meu direito de ser livre.

Não digo que hoje não seja, mas me dou o direito de ter saudade disso sim, e eu juro, na época não tinha noção do quanto esse estado de ânimo despojado era bom e da falta que faria depois.


E saber que um dia posso sentir saudade da vida que levo hoje... me anima.

Comentários

Anônimo disse…
Esse post, lembra alguns meus, se bem que com o teu, e tuas navegações...

Entendo isso tudo... perfeitamente..

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