Olha, para dar uma exata noção do tamanho da minha insatisfação, hoje eu aceitaria feliz da vida o emprego de venderora de planos telefônicos. E trabalharia todos os dias na farmácia da música sertaneja.E eu juro, não ia reclamar do trabalho.

Ficar em casa, com milhões de coisas urgentes para fazer (numa casa tudo é urgente, sem querer ser machista ou feminista, mulheres sabem), crianças, uma delas saindo das fraldas, correndo contra o tempo no estudo para aproveitar os dias que restam com internet é para tirar até Madre Tereza do sério.

E estamos de mudança. Eu nem sei nem mais quanto tempo está atrasada. Imagine como fica uma casa dias antes de uma mudança e saberá como estãos as coisas por aqui. E essa desordem, passa para o subconsciente. Se não, só posso estar ficando louca.


Expectativas, sonhos, objetivos. O meu, mais perto do que nunca, quase lá.
Mas eu abro mão disso, da convivência com meus filhos (que para mim é precisosa, mais que qualquer outra coisa), do estudo e por consequência dos objetivos em troca de uma vida bem longe de casa.

Cheguei no meu limite. Essa é vida que tenho levado sem data para acabar, datas que só se adiam. Nem minha mãe  que é o maior exemplo de "se adaptar" que conheço aguenta ficar aqui.

Pudesse voltaria para o atelier, ganhar 500, reais, direito nenhum, mijadas de clientes todos os dias, sem net, por vezes até sem luz. Mas lá ao menos era claro, limpo e arejado. Ah, e incrivelmente bonito. E eu que pensava que não dava conta... Imagina, eu era ótima e não sabia!

Eu quero trabalhar fora e nem precisa ser na área que gostaria. Não faz mal que seja ao som de música sertaneja.

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