Tem ideias que já compramos prontas
Sabe aqueles conceitos que já vem prontos, como se fossem decretos? Leis não escritas, que estão na mente de todas as pessoas? O certo e o errado, o coerente, o adequado, o esperado?
Pois é. Dia após dia, desde sempre, vejo isso acontecer e com muita coisa não concordo e com outras apenas não me identifico. Nem sempre exteriorizo certas contradições. Um motivo é porque parece que sou a única a ficar indignada e não quero criar polêmica toda hora. Não saio em busca da discordância, e a outra razão é o dda. Se eu citar o exemplo a seguir, meu marido (a única alma viva palpável, nao virtual que tenho falado desde abril) vai dizer que a única coisa que quero é um estímulo para o cérebro (como se precisasse de mais um).
Por exemplo: As unhas sem esmalte de Rute Cardoso era desleixo. As unhas de esmalte incolor de Marta Medeiros numa palestra era o supra-sumo da elegância. Onde já se viu uma primeira dama não apelar para uma caprichada manicure? Bem, ao meu ver além de lhe faltar vaidade, essa exagerada que a gente costuma ver por aí e achar que todas somos assim, ela tinha mais o quê fazer. Diante de um livro bom, ou uma conversa interessante, ou sei lá, talvez ela cozinhasse. Por que não? As unhas acabavam ficando para o dia seguinte.
Acho eu. Não sei, nunca perguntei mas vi críticas à respeito e na hora pensei que era perfeitamente desculpável. Mas unhas sem esmalte (uma basezinha sequer) numa primeira dama era o fim!
O outro lado: Marta Medeiros. Minha chefe foi à uma palestra com ela e achou-a o máximo: discreta, sem querer chamar a atenção. Mas já não tinha chamado? Já não estava sob os holofotes? Então, para que discrição no esmalte incolor, na roupa básica como se não quisesse chamar a tenção para si se as luzes e os olhares estavam na sua direção? E para quem demonstra ter tanta opnião, um pouco de ousadia é mais que necessário! Seria coerente, no mínimo.
Então, em Marta Medeiros e outras tantas, não dar atenção à vaidade é algo para ser admirado. Ou seja o oposto do que acontecia com Rute.
Acontece que Rute não era bonita, e a pouca vaidade dizia isso. Martas Medeiros da vida pensam ser e são tidas como bonitas, então a pouca vaidade é um atributo.
São só dois exemplos das ideias que compramos prontas, mas se abrirmos os olhos tem muito mais para ser visto como contraditório. Como rico de havaians, como mortadela no pão.
Abre mão quem não precisa. Deve ser isso.
Pois é. Dia após dia, desde sempre, vejo isso acontecer e com muita coisa não concordo e com outras apenas não me identifico. Nem sempre exteriorizo certas contradições. Um motivo é porque parece que sou a única a ficar indignada e não quero criar polêmica toda hora. Não saio em busca da discordância, e a outra razão é o dda. Se eu citar o exemplo a seguir, meu marido (a única alma viva palpável, nao virtual que tenho falado desde abril) vai dizer que a única coisa que quero é um estímulo para o cérebro (como se precisasse de mais um).
Por exemplo: As unhas sem esmalte de Rute Cardoso era desleixo. As unhas de esmalte incolor de Marta Medeiros numa palestra era o supra-sumo da elegância. Onde já se viu uma primeira dama não apelar para uma caprichada manicure? Bem, ao meu ver além de lhe faltar vaidade, essa exagerada que a gente costuma ver por aí e achar que todas somos assim, ela tinha mais o quê fazer. Diante de um livro bom, ou uma conversa interessante, ou sei lá, talvez ela cozinhasse. Por que não? As unhas acabavam ficando para o dia seguinte.
Acho eu. Não sei, nunca perguntei mas vi críticas à respeito e na hora pensei que era perfeitamente desculpável. Mas unhas sem esmalte (uma basezinha sequer) numa primeira dama era o fim!
O outro lado: Marta Medeiros. Minha chefe foi à uma palestra com ela e achou-a o máximo: discreta, sem querer chamar a atenção. Mas já não tinha chamado? Já não estava sob os holofotes? Então, para que discrição no esmalte incolor, na roupa básica como se não quisesse chamar a tenção para si se as luzes e os olhares estavam na sua direção? E para quem demonstra ter tanta opnião, um pouco de ousadia é mais que necessário! Seria coerente, no mínimo.
Então, em Marta Medeiros e outras tantas, não dar atenção à vaidade é algo para ser admirado. Ou seja o oposto do que acontecia com Rute.
Acontece que Rute não era bonita, e a pouca vaidade dizia isso. Martas Medeiros da vida pensam ser e são tidas como bonitas, então a pouca vaidade é um atributo.
São só dois exemplos das ideias que compramos prontas, mas se abrirmos os olhos tem muito mais para ser visto como contraditório. Como rico de havaians, como mortadela no pão.
Abre mão quem não precisa. Deve ser isso.
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