As amarras internas

Hoje lendo um post nada a ver com esse assunto, não parei de pensar na coragem que está me faltando. Não como antes, mas estou sendo aquele exemplo de entusiasmo que já fui várias vezes. E de tantas idas e vindas do fundo do poço já tenho lá minhas estratégias para reagir. Uma delas é conversar com gente que tem um problema maior que o meu. Outra é lembrar que sim, claro, vai passar. Let it be.

Mas realmente, mais que entusiasmo é preciso coragem por que tem horas que nosso sonho nem é tão dourado assim.

Quando penso em desistir, penso naquelas crianças que são atletas. A missão delas é maior que a minha e o que elas querem é o primeiro lugar. E primeiro lugar só tem espaço para um! Superam a dor, o medo, e tentam. Por anos, se for necessário. Penso nas modelos que põe a própria aparência a julgamento. Eu ainda não pus nem meu trabalho (por que ainda se confunde demais comigo mesma) imagine meu "eu"!

O maldito medo do julgamento dos outros, o medo de não ser a melhor e pior e mais assustador ainda: o medo de ser comum e medíocre. Meus deus... isso me apavora. E não poder fazer, não ser capaz. Impotente, isso também judia e trava.

E coragem para mim é ir adiante. Com um certo medo, porque quem não teme não precisa de coragem, já é ousado ou sem noção o bastante.

Se eu tenho medo? Muuuito. Ele insiste em me acompanhar e parece que quanto mais o tempo passa, mais aumenta e de mais coragem preciso. E continuo tentando. Tal como os atletas quero o primeiro lugar, ser a melhor em tudo sempre. Deve ser por isso que tudo me parece tão arriscado, tão difícil. Tenho uma lista de coisa praticamente impossíveis aue já fiz e que preciso relembrar em momentos como esse. Tem horas que tudo parece estar fadado ao sucesso absoluto, que nada vai dar errado. Em outras... Ao menos sou sincera comigo mesma.


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