Cuspindo fogo

Hoje foi o primeiro dia de férias escolares, portanto Carlos estava em casa. Como toda segunda-feira tiro folga (folga???) Mari fica em casa comigo. Ela é a menina que me faz levantar as sobrancelhas quando as coisas não vão bem.

Mas ao contrário do que sempre acontece quando estou com eles, hoje foi horrível.

Nada estava bom, comida, filme, brincadeiras, nada... Em 5 minutos ele me chamou 6 vezes! Naturalmente já é uma briga me concentrar e quando alguém me solicita toda hora então fica impossível. Quando a coisa começa a fluir, mãaaaaae, eu quero isso.

Trabalhei bastante, tentei em vão me organizar e não são nem 8 da noite e já estou como se tivesse voltado do corte de cana. Metade do material está faltando, postura errada, dor no pescoço e na testa... Normal. O que não gosto é que a exaustão não vem aos poucos, vem de vez! É como um piano caindo na cabeça.

Meus vizinhos vieram me pedir que fosse na casa deles fazer enrolado de salsicha justamente hoje!

Tive que dar um up no astral da minha irmã, que agora ela é o pára-raio dos problemas do pai no momento (e eu da família). Chorou bastante ontem e hoje mandou e-mail logo cedo. E quem disse que eles me deixavam responder como devia?

 Carlos está de castigo porque gritou comigo e falei até o que não devia para o menino, então está calado agora. Foi para já que descobriu outras coisas para se ocupar!
 Meu marido hoje vai ficar trabalhando (ou evitando vir para casa, coisa que faço questão de não mencionar nunca!) até mais tarde e ainda vai perguntar porque estou quieta.
Vai cutucar a onça com vara curta...

Enquanto escrevi esse post, Mari reclamou que não quer mais desenhar, queria pôr perfume e abriu a torneira do banheiro. Depois,  queria saber se vou ou não colocar o cadarço nos tênis. Brincou com a lanterna do (macgyver) pai dela o que já acendeu a minha luz amarela. Se ela deixar cair...Chamei a atenção dela duas vezes por isso. Largou a lanterna e pegou uma vela decorativa que até já perdeu o brilho. E não pense que a memória vai bem, é que quando vi que ela não ia dar sossego, iniciei esse parágrafo e só fui acrescentando enquanto escrevia o resto do post.

Pelo menos não brigaram, entre mortos e feridos salvaram-se todos. Agora vou lá, tomar um banho de espuma enquanto a Nany fica com eles. Ela vai dar o jantar e eu vou sair. Depois vou aceitar um ombro amigo e deitar no peito só para variar... Viver uma noite de puro romantismo, como se não houvesse amanhã. Ah se fosse verdade...


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