Ausência


Meu pai e eu ficamos algum tempo afastados. Dia desses ele disse para minha irmã que eu estava liberada para falar com ele etc etc. Quase liguei na mesma hora...

No dia dos pais fui visitá-lo com minhas irmãs e pensei que a conversa/reencontro seria em tom de bom humor, mas assim que toquei no ombro do meu pai chorei feito criança. Na verdade, como ainda não tinha falado com ele depois da discussão e tudo poderia ser forçassão de barra da minha irmã para restaurar a ordem, estava com medo. Fazia muito tempo que não me sentia tão vulnerável. Estava realmente com medo se ser ignorada, de tudo ter sido um engano. Racionalmente falando o medo poderia ser infundado. Mas era só o que conseguia sentir.


Abracei-o forte e fiquei sentindo sua respiração e queria prolongar aquele momento o máximo que pudesse. Deve ter durado 9 segundos...

Comentários

Anônimo disse…
Desconcertante, como qualquer texto teu, ainda assim eu penso que no mais profundo dele, se deve ter arrependido de tanto que já aprontou...
Pode ser. Mas o bendito orgulho nunca vai deixar com que assuma. E só de ter dito que eu era a pessoa que o compreendia já fez diferença, é um pedido disfarçado de ajuda e de desculpas.

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