Senta aqui comigo

Preciso falar com alguém da minha confiança. E vou falar com você, leitor. Em você eu confio de verdade. Se você sair espalhando link por aí com esse pequeno pedaço da minha vida (e bem verdadeiro, tenho que dizer) a probabilidade de alguém que me conheça fora da net ligar o conteúdo à pessoa é minima. 

Não tenho foto, meu nome está perdido por aí e se alguém descobrir que esse blogue é meu então eu quero conhecer: certamente uma pessoa curiosa e determinada como eu. Por isso, posso arriscar o quanto quiser. 

Vamos aos fatos sórdidos. Como a lista é grande vamos por partes: a umbanda. 

Na primeira vez que fui na cerimônia em que ser matam bichos fiquei apavorada, não com o sangue ou a matança mas com a quantidade. Eram 4 cabritos, (um para cada pessoa que ia para o "chão") e para cada um deles não sei bem se 4 ou 6 galos e não sei quantos pombos. Era muito bicho. Imagine o centro da sala da sua casa cheio de animais mortos. Era mais ou menos isso. Volto a dizer que foi com a quantidade que fiquei impressionada. O sangue foi despejado sobre a cabeça e o corpo dos que iam para o chão e a carne virou churrasco. Isso tudo bem normal.

Quem recebia o sangue parecia estar bem perto do estado de transe e quando terminava pareciam cansados como se tivessem completado a rústica.

Foi uma noite de fé, boas vibrações e muita, muita concentração. Quem sabe da dificuldade que eu tenho de domar esses devaneios e o pensamento azedo que chega a ser engraçado em horas impróprias  deve imaginar que tomo duas ritalinas, meio litro de energético e um barril de café para garantir a concentração antes das sessões. Nada! Aquilo me domina, fico vidrada o tempo todo. 


Assim como num centro espírita que frequentava antes devir para cá, já vi muita coisa punk por lá nesses poucos meses de religião.  Ainda é tudo muito novo, me provoca e me impressiona. Por isso, vou voltar a falar sobre isso, certo que vou. 

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