Se tem uma coisa positiva em mim é a persistência. Alguns chamam de teimosia, mas eu não ligo.

Pois bem, vou para mais uma tentativa de ficar "normal". Dessa vez, mudamos apenas o laboratório do bendito remédio. Temos ainda a alternativa de aumentar a dosagem. E por fim, se nada adiantar, trocar o medicamento (pensou que eu fosse falar no eletrochoque?) . E tudo recomeça...

Choro com menos frequência, o que já é um avanço enorme! Imaginem uma mulher com os seguites opcinais: relativa beleza, bom humor, tem trabalho, ciúme zero (ou quase, só um pouquinho para dar charme e envaidecer o sujeito), atualmente boca-aberta, tolerante, muda e que pasmem: não chora! Minha cotação está cada vez mais alta, falta só saber a escalação da seleção. Procurem um texto de Danusa Leão que fala sobre o quanto é bom chorar num ombro masculino e o quanto às mulheres estão ficando masculinizadas. Eu me ofenderia ao ler se não soubesse que ela tem absloluta razão. Vale a lida, homens e mulheres (super ficadica)!

Matei vários coelhinhos mimosinhos, cortei a última seringueira da Amazônia, confundi doninha com esquilo de tão irônica que fui.

Que saudade de como eu era antes. Eu não chorava tanto, mesmo vivendo com o rapaz aquele que mencionei num post bem pesado aí abaixo. Bom, tudo muda, a surda muda, a ber muda, então vou me adaptar. Clóvis, se tu sentir que quero te culpar por estar assim, saiba que está enganado. Nasci com esse pequeno defeito, acabaria ficando assim, cedo ou tarde. Let it be, let it be...

Adaptação é meu sobrenome! (gargalhadas, meio sem graça, mas gargalhadas)

Comentários

Très vivante, j'aime ça en toi.
Culpar alguém por estar de um jeito é uma coisa, culpar por "ser" de um jeito é outra. Não se deve, jamais, esquecer que cada um é de um jeito (apesar de todas as fases), e tentar mudar seria tempo jogado na poubelle...
Parabéns pela coragem como te expressas. Continues assim.
Au revoir et je t'embrasse.
graziela disse…
Eu não o culpo, ele sabe. mas quando reconheço que estou em situação digamos, desfavorável, ele se sente mal, achando que ele é o opressor. Inúmeras vezes falei que não. Já disse que me coloco como vítima. Gente, p*rra! Ninguém mais do que eu quer estar bem, quer deixar transparecer tudo isso! Tenho muitos mutivos para estar bem, e um deles é a vaidade! Jesus...
The Husband disse…
Um bom videotape e uma junta de notáveis (ou nem tanto) para avaliar o que é dito de forma clara e o que está nas entrelinhas de nossas discussões, seria uma boa solução. Que sabe aprenderíamos a dar o verdadeiro sentido às palavras e assim, a verdadeira tradução aos sentimentos. Isso, creio, alfabetizaria nossas discussões.

Beijos.

The Husband
graziela disse…
Prazer em conhecê-lo, Abdul! Volte sempre!
graziela disse…
gostei do uso do plural nas terminações verbais. O bom é que ele sabe que também se expressa mal, que também deixa coisas nas entrelinhas. O ruim, é que não posso fazer nada à respeito. Por enquanto fico muda o quanto posso (mesmo que minha cara denuncie o que penso), ignorando o mal que isso causa a longo prazo. Mas como ninguem é de ferro, me permito desabafar aqui, o que não deixa de ser uma ousadia.

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