As baixas
Não houveram porque não morreram. Só se feriram.
Minha ansiedade quase acabou comigo. Juro: não me reconheci. Sou ansiosa, mas não à ponto de causar danos por isso. E quase causei conjugando o verbo descarreguei em quem não era responsável por isso (mas que poderia ter sido mais paciente, e me ajudado a desacelerar, mas não o fez)
Tenho só três ritalinas na caixa (pensei ter pelo menos umas dez). À mim, a ritalina ajudou muito, mais do que os outros medicamentos, mas com ela eu não sou eu. Tudo bem, gosto de ter a língua bem segura entre os dentes, saber que não vou peerder um detalhe importante por que me distraí, não ver as sensações crescerem feito um alien dentro de mim, vou lembrar das coisas à tempo,e não procastinar tanto. Houve um tempo, em que eu não conseguia ficar cinco minutos (nem dois) sentada no chão com as crianças. Ler uma historinha no gibi era algo looongo demais. E além disso, não superei essa história de tomar ritalina para ficar com minha família ou para fazer coisas rotineiras, quase banais com limpar a casa. Sem ritalina eu ficava horas caminhando, esquecendo o que tinha ido buscar, e levava coisas para o lugar errado, e tornava a esquecer. A ritalina me deu tempo para rever meus métodos sem provocar novos incêndios.
Acho injusto que seja necessário e penso também que eu deveria ter resistido mais.
Eu não sei como vai ser sem essa bengala. Mas confesso que é tão bom estar aos poucos me livrando dessa prisão.
(devo ver o médico nos próximos dias, isso é um evento à parte. Uma consulta de 20 minutos, rende histórias para mais de uma semana)
Minha ansiedade quase acabou comigo. Juro: não me reconheci. Sou ansiosa, mas não à ponto de causar danos por isso. E quase causei conjugando o verbo descarreguei em quem não era responsável por isso (mas que poderia ter sido mais paciente, e me ajudado a desacelerar, mas não o fez)
Tenho só três ritalinas na caixa (pensei ter pelo menos umas dez). À mim, a ritalina ajudou muito, mais do que os outros medicamentos, mas com ela eu não sou eu. Tudo bem, gosto de ter a língua bem segura entre os dentes, saber que não vou peerder um detalhe importante por que me distraí, não ver as sensações crescerem feito um alien dentro de mim, vou lembrar das coisas à tempo,e não procastinar tanto. Houve um tempo, em que eu não conseguia ficar cinco minutos (nem dois) sentada no chão com as crianças. Ler uma historinha no gibi era algo looongo demais. E além disso, não superei essa história de tomar ritalina para ficar com minha família ou para fazer coisas rotineiras, quase banais com limpar a casa. Sem ritalina eu ficava horas caminhando, esquecendo o que tinha ido buscar, e levava coisas para o lugar errado, e tornava a esquecer. A ritalina me deu tempo para rever meus métodos sem provocar novos incêndios.
Acho injusto que seja necessário e penso também que eu deveria ter resistido mais.
Eu não sei como vai ser sem essa bengala. Mas confesso que é tão bom estar aos poucos me livrando dessa prisão.
(devo ver o médico nos próximos dias, isso é um evento à parte. Uma consulta de 20 minutos, rende histórias para mais de uma semana)
Comentários
Torço por ti, você consegue.
bjs
beijinhos
Miss: precisar acho que vou continar precisando, mas que quero contornar, ah isso quero! Nem que para isso tenha que andar com um bloquinho post it colado na testa, que aí as pessoas leem e e me avisam. O que acha?
Beijo, amiga, e obrigada!