#podiatamatando#

Quando minha filha nasceu, procurei o corel no computador e não encontrei. Clóvis tinha desinstalado, fazia tempo que eu não usava (claro, pensava só no bebê que ia nascer).

Seguiu-se uma hora de conversa tensa, ele sabia bem do meu interesse por design gráfico e afins. Mas disse que precisava de espaço no computador e que me perguntou se poderia desinstalar e eu disse que sim. Não duvido, devo ter tido o bendito branco na hora.

Ou nao. Mas o fato é que eu contava com isso, era a única coisa que me passava pela cabeça fazer enquanto segurava o bebê por horas. Fiquei muito, mas muito, p*. Argumentei que poderia estar brigando por uma calça jeans, por atenção, por um monte de coisas, mas eu só queria o editor de desenho instalado! Chorei descaradamente, optei por sozinha no quarto, para não exibir minha cara feia, fiquei muda a viagem toda.

Pouco tempo depois, seria tudo diferente. A briga não teria acontecido. Ele jamais faria isso me conhecendo um pouco melhor e eu, bem... eu faço sozinha o que precisar ser feito, tento ao menos. O que mais me chateou naquele dia foi o fato de não poder fazer mais nada além de amamentar e de ter passado por manhosa e coisas do gênero. Nossa, que raiva me deu disso.



Foi a primeira vez que perdi a elegância.

Comentários

Carolina Tavares disse…
Eu não sei o que significa ser manhosa para ti, mas eu me permito ser bem manhosa as vezes, bem mulherzinha frágil. Isto porque sou forte o tempo todo, me viro sozinha e sou muito independente. Então a hora que bate os dengos... eu deixo rolar, afinal quem não é carente?
graziela disse…
Precisava a ver a cara de "uadarréu!" da família dele, todos querendo saber "o que ela quer afinal".

Mas já me curei um pouco da autosuficência. Hoje já me permito pedir ajuda. Mas continuo tentando sozinha antes.

E quanto à carência, todo o mundo tem um pouco, né? Mas os mais duros feito eu, insistem em negar.
Carolina Tavares disse…
Sempre fui muito forte e se tivesse que sofrer fazia que nem jogador de futebol, batia nos peitos. Agora me rendo... ganhei colo, ganhei carinho e ganhei compreensão de que não sou uma super mulher, sou ser humano. Essa é a minha experiência.
Mas continuo jogando um bolão.
graziela disse…
que bom, encontrou seu jeito de lidar com a força e com a fragilidade :)

Dá para ter as duas, né?

beijão, Carol
Carolina Tavares disse…
nem sempre... as vezes é gangorra e desequilíbrio mesmo. As coisa não são perfeitas, nunca!
beijão Graziela.
Martini Bianco disse…
Hello,

Fala de tanta coisa em tao pouzcas palavras que ate me perco :)

Mas sempre no teu estilo bem proprio

Bjos desde Budapest.

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