Divagações
Já pensei o quanto seria bom ser detenta, passar uns 6 meses na cadeia. Claro que não sou doida de achar que aquilo é o paraíso, não merece nem a etiqueta "it's no bad" mas que dá para passar algum tempo lendo, estudando ou divagando (como eu queria) livre, sem pressa ou interrupções, ah isso dá. Distraída à vontade. Olhar perdido, nem ouvindo. E de repente, sem aviso algum, sofrer um start e partir para a ação.
Numa outra época que durou anos (mas parecia uma vida) e que obviamente não sinto a menor saudade, sonhava em ser internada. Reclamava por não ser bêbada o suficiente. Ou insana. Boba e sem noção sou de sobra e meus amigos sabem da bobice, do riso escancarado e quanto à falta de senso, fica claro nas confissões acima. Mesma coisa que na cadeia, só que um pouco melhor. Medicada, atendida, em segurança e com gente igual a mim.
Já disse que não sou louca o suficiente para ser internada (se é que loucura é um termo que se aplica para ser politicamente correta) mas sou profundamente empática com portadores de distúrbios em geral. Entendo-os. Não importa se a pessoa quer numerar folhas de caderno ou tem medo de bactérias. Não importa se tem medo do vento ou vontade absurda de agredir o que quer que se movimente à sua frente.
Mas o que queria mesmo era dar um tempo para a cabeça. Por vezes não só isso, de tão perdida que estava. Mas como eu queria um tempo para deixar a mente divagar sem rumo. Não ficar tentando manter a atenção, livre para pensar o que quiser, absolutamente imóvel, apenas "escutando" o que a mente tem para dizer, sem levar em consideração o quanto os pensamentos podem ser vãos, incompletos ou profundos.
(atualmente acordo mais cedo para me conceder esse direito)
(By the way, essa é minha hora de folga. Sozinha numa lan house até que a hora chegue)
Numa outra época que durou anos (mas parecia uma vida) e que obviamente não sinto a menor saudade, sonhava em ser internada. Reclamava por não ser bêbada o suficiente. Ou insana. Boba e sem noção sou de sobra e meus amigos sabem da bobice, do riso escancarado e quanto à falta de senso, fica claro nas confissões acima. Mesma coisa que na cadeia, só que um pouco melhor. Medicada, atendida, em segurança e com gente igual a mim.
Já disse que não sou louca o suficiente para ser internada (se é que loucura é um termo que se aplica para ser politicamente correta) mas sou profundamente empática com portadores de distúrbios em geral. Entendo-os. Não importa se a pessoa quer numerar folhas de caderno ou tem medo de bactérias. Não importa se tem medo do vento ou vontade absurda de agredir o que quer que se movimente à sua frente.
Mas o que queria mesmo era dar um tempo para a cabeça. Por vezes não só isso, de tão perdida que estava. Mas como eu queria um tempo para deixar a mente divagar sem rumo. Não ficar tentando manter a atenção, livre para pensar o que quiser, absolutamente imóvel, apenas "escutando" o que a mente tem para dizer, sem levar em consideração o quanto os pensamentos podem ser vãos, incompletos ou profundos.
(atualmente acordo mais cedo para me conceder esse direito)
(By the way, essa é minha hora de folga. Sozinha numa lan house até que a hora chegue)
Comentários
É possivel sermos felizes nesta anormalidade, difícil é encontrar pessoas que tenham todas essas "deficiencias" :)
Já me satisfaria uma ou duas dessas :)
bjs
oh, céus!
=)
Princess: A cabeça vai junto. E a família também!!!!! oh céus mesmo. E ficar longe deles é também digno de dizer oh céus. :D