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Mostrando postagens de maio, 2012

As amarras internas

Hoje lendo um post nada a ver com esse assunto, não parei de pensar na coragem que está me faltando. Não como antes, mas estou sendo aquele exemplo de entusiasmo que já fui várias vezes. E de tantas idas e vindas do fundo do poço já tenho lá minhas estratégias para reagir. Uma delas é conversar com gente que tem um problema maior que o meu. Outra é lembrar que sim, claro, vai passar. Let it be. Mas realmente, mais que entusiasmo é preciso coragem por que tem horas que nosso sonho nem é tão dourado assim. Quando penso em desistir, penso naquelas crianças que são atletas. A missão delas é maior que a minha e o que elas querem é o primeiro lugar. E primeiro lugar só tem espaço para um! Superam a dor, o medo, e tentam. Por anos, se for necessário. Penso nas modelos que põe a própria aparência a julgamento. Eu ainda não pus nem meu trabalho (por que ainda se confunde demais comigo mesma) imagine meu "eu"! O maldito medo do julgamento dos outros, o medo de não ser a melhor e

Em Rivera todos os finais-de-semana

Promover vinho me coloca num outro patamar: tô me sentindo mais culta e mais phyna. Não que eu diga ou dê a entender, mas o pessoal fala como se eu fosse a Rivera todo o final-de-semana buscar vinho. Assim me consideram. O vocabulário é outro (descontando o tipinho entendido fake), trocamos dicas, e tenho me dedicado ao assunto. E a beberagem, claro. Portanto estou também  mais alegre. Tenho conhecido muita gente e algumas dessas pessoas quero manter contato. Umas porque são simpáticas, outras porque gostam das minhas pulseiras (vendi várias) e outras não sei bem o porquê, só gostei e pronto. Ganho um dinheiro bom, trabalho 3 dias por semama (pena que inclui o sábado e está por piorar incluindo o domingo), dá tempo de estudar, de curtir minha casa, fazer outras coisas... Tenho aceitado o fato de que talvez eu seja mais bonita do que achava, considerando as "cantadas", olhares e perguntas. E que meu visual de Emília do Sítio provoca inveja, a julgar pelo olhar do travest

Gosta de vinho seco?

Devo não ser a única e ter certos preconceitos velados. Um deles é o que eu tenho com coisas e profissões tidas como fáceis. Se alguém opta por algo simplesmente por que é mais fácil, desculpe, é alvo do meu preconceito.  Confessei. Devo já avisar que esse post não é livre de ironia. E eu tinha preconceito com degustadoras. Pensava na graça que teria ficar alivendo o tempo passar, não usar nada do intelecto só oferecendo coisas para as pessoas. Na minha opnião eram literalmente rostinhos bonitos e só. Isso até sentir na pele o que é. A degustadora tem que se benzer todo o dia contra a inveja (todo o mundo se pergunta como foi que ela conseguiu), estar sempre bem querida, aceitar ser completamente ignorada pelas outras mulheres, sendo ou não possíveis clientes, ter um poder de persuasão "violento" e responder a todo tipo de pergunta (inimágináveis, eu garanto). A parte do completamente ignorada pelas mulheres é um caso à parte: elas passam e nem olham enquanto os ma

Podia tá matando

Tem um mendigo que vem aqui em casa quase todas as semanas. Ele leva qualquer coisa que pusermos numa sacola e agradece. Nas primeiras vezes, ouvi a batidinha na porta e não o vi, mas agora já sei da mania de bater e descer da área rapidamente. O ritual é sempre o mesmo. Bate, se afasta, pega qualquer coisa que entregarmos à ele, avisa se alguém esqueceu algum brinquedo na rua, agradece e vai embora. Se não tenho nada de reciclável (nem sei se é bem isso que ele quer) só aviso para passar outro dia e ele pede uma vela. Tenho que ter sempre velas em casa. E deixo sempre algo separado para o Polenta.  Perguntei se ele tinha sobrinha ou filha menor que a Mari. Ele não, mas sabe quem tem. Dei roupinhas e sapatinhos. Minha irmã mandou dois pares de botas (de couro!!!), caixa de chá, tapetes, estojo de óculos e aquelas meinhas de celular, cestinhas... Mas antes que eu pudesse entregar, minha outra irmã esteve aqui e confiscou as botas. Bem, talvez não fosse o tipo dele...O resto ele