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Mostrando postagens de maio, 2009

Propaganda

Se eu visse uma caixa de sabão em pó se tranformar em um bloco de terra com uma muda de árvore dentro, já diria Oh, como é biodegradável!. Mas se eu visse a referida muda crescer numa velocidade como a do comercial do Ypê, tenho certeza que também ouviria a música que as crianças ouvem (ideal para criar clima de) e aposto até que veria luzes, bichos estranhos, pessoas dizendo e fazendo coisas inimagináveis. Não precisava, a Nicete Bruno estava indo tão bem...
Um oi para quem me lê. Um abraço apertado em quem me entende, me ouve, me questiona, me mostra, se mostra...
Meu ex-marido, quando começamos a namorar, me disse que tinha câncer no estômago, muita influênicia sobre a família, que era o filho preferido da mãe dele, que não estava mais usando drogas, que não era alcoólatra coisa nenhuma, e que eu era a melhor coisa da vida dele, entre outras coisas, essas mais banais, que toda mulher ouve quando conhece um cara. Tudo mentira. E dependendo do ponto de vista eu fui sim a melhor coisa da vida dele porque eu fui o álibe e a justificativa para tudo o que ele fez depois. Pronto. Expliquei o finalzinho do post abaixo.
Gosto realmente de arte. E de desing. E de marketing. E também de jornalismo. Na verdade, de toda a forma de expressão. Gosto de pessoas. Gosto de fatos, mas também de conjecturas. So subjetivo. Da essência. E não é brincadeira, nem exagero. Eu gasto um bom tempo analizando as pessoas. Não julgo, pelo menos não sou implacável, já que estar sob uma lupa é suficientemente desagradável para quem está sendo observado. Sou ótima ouvinte e entendo as razões de cada um para tudo. Sem modéstia, eu consigo sim, me colocar no teu lugar. Abrindo um parêntese: Querendo conversar, tô aqui. Você pode até mentir, isso vai deixar a conversa mais interesasante: eu vou saber que alguma coisa está errada. Mas, dependendo do laço que tu tenha comigo, talvez seja uma de nossas últimas conversas. Fechando o parêntese agora.
Dia desses meu marido me fez ouvir uma série de músicas que me fez ir correndo ver o que era de tão curiosa que fiquei. Agora que sei que é jamiro quai vou tomar cuidado para nunca mais ouvir. Sabe aquela música que a gente gosta tão pouco que não presta observa nem quem é? Pois é, eu não sabia quem era, mas sabia que não gostava de jamiro quai. É aquele tipo de música que a gente vai escutando porque não é ruim e quando percebe está profundamente irritada por ter ouvido por tanto tempo, e o pior: perdendo de ouvir música realmente boa e sem stress, porque gostamos mais ou menos das mesmas coisas e seria fácil agradar aos dois. Mas ele já está desculpado, e tem um gosto musical muito, mas muito bom. Foi através dele que eu descobri Manu Chao.

slow down

O hipotireoidismo deixa a pessoa tão devagar, mas tão slow down, que eu quase não me reconheço. Isso sem mencionar os arroubos de impaciência. Mas o insuportável, é a baixa autoestima que a doença provoca. E é um pouco contraditório para quem vive, porque a pessoa tem todos os motivos para gostar de si mesma, só que não consegue. E a gente confunde e não sabe o limite entre os sintomas e a nossa verdadeira natureza. Mas não confunda, não tô com pena de mim mesma. Só tô tentando enxergar a mulher que eu fui (ou sou. sou?) e da qual tenho muito orgulho. Saldo positivo no final porque não perdi o bom humor. Continuo rindo de qualquer coisa, e de algumas rindo muito e, como um criança, repetidas vezes. Neste post nenhuma criança foi molestada, nenhum animal maltratado, não cortei nenhuma árvore para editar isto, mas o português não teve a merecida atenção. Sorry.

html

going... doing... Aos poucos, despretensiosamnte, vou indo, fazendo. Tudo o que comecei assim deu certo. Eu, que sou um trator passando por cima de tudo, tõ exercitando minha paciência, e até mesmo a cautela, coisas que não me são peculiares. A minha vontade é estudar o dia todo, enfiar a cara mesmo, ir fundo como fiz da última vez, e que é como a minha natureza exige. But...

Hora do café

-Cobra, eu tô com tanta fome que vou comer como um animal! O café tá pronto? -Se tu pretende comer no chão, faz isso na área!

Jamais diga isso numa discussão se for você o acusado

1: marido acusado tentando (em vão) fazer com que a mulher se cale. Não interessa o motivo da briga. Na verdade, eram vários motivos. 2: mulher de posse de uma metralhadora giratória (ele constatou que era) e de nehuma das faculdades mentais referentes à calma e ao autocontrole. Nível de TSH em 52 (só para explicar o descontrole, a impaciência). 1 -Tu sabe que agindo assim tu vai acabar dando precedentes para que eu seja agressivo contigo sem a menor razão a qualquer momento, como tu tá fazendo agora! 2 -Dando precedente? Isso tu já fez! 1 -(gargalhada contida, sufocada) 2 -Tu foi ingênuo, achou que eu não te diria isso. Esqueceu que isso é uma discussão? Eu não tô brincando!

Putz! Mil vezes putz!

-Tu que é mulher, me diz como se sente uma mulher bonita quando passa entre vários homens. Ela passa preocupada, segura ou exibida? O que passa na cabeça dela nesse momento? -Ah... Sei lá... Não sei, não tenho esse apelo todo... -Mas pelo menos é mulher... Depois de mais um comentário infeliz que eu, sabiamente, não considero como verdadeiro, nem o troféu abacaxi fundiona: as não tão bonitas são mais interessantes e tem mais potencial... Isso não. Ou nao se pode ser interessante sendo bonita? Ah, tá! Nem vem! Bonitinha é uma feia arrumadinha, já dizia minha irmã...
Você que lê, tente entender.
Só traduzindo um pouco para a língua de quem lê: cuidar dos filhos é fascinante, é um universo rico, divertido, e quase sempre gratificante. Só não é bom quando percebemos que erramos feio. E não se pode errar com criança. Estar em casa trabalhando tem lá suas vantagens, mas... Eu precisava de mais. Devo me sentir culpada por achar que meus filhos não me preenchem totalmente, que eu quero mais da vida do que ser mãe, embora esse seja meu principal papel?
Traduzindo os acontecimentos últimos para o meu hebraico: início de uma vida nova. Mesmo que eu não vá tão longe quanto quero, já considero lucro sair da redoma trabalho-crianças. Precisava de um desafio intelectual, algo que não grite, não troque fraldas, não vista a roupa do batman, não coma ração, não precise de limpezas periódicas. Aí está:
Comecei a estudar html.
Não disse? Só agora à tarde, tive duas possibilidades boas de ignorar o estado da casa e comprimento das unhas das crianças... Já soube que trabalharei feio louca toda a semana. Esperei por esse momento como quem espera que Jude Law convide para passar um fim-de-semana.
Parece que encontrei uma vendedora! Acho que agora sim, vou deixar o adiável de lado. Feliz como se George Clooney me convidasse para tomar um chimarrão com ele de tardezinha.
O pai do meu filho acha que é muito esperto, e que os outros que não foram presenteados por Deus com esse incível atributo merecem se dar mal. E se dar mal as custas do super esperto. Acredite que ele me disse que já que quando ele me propôs pagar x de pensão, quem sabe agora eu aceitaria Y? Acontece que esse Y é menor, por quê eu aceitaria? O que mudou de lá para cá além do tempo e do valor acumulado que ele vai ficar devendo? Escuta aqui, rapaz, eu quero o que é justo. Se muitas das minhas perspectivas profissionais hoje não existem é por tua causa. Quase parei minha vida para cuidar da tua, enquanto tu dormia, acordava, bebia, enchia um pouco o saco, mentia para todo o mundo e dormia novamente. Se eu te dei o castigo da minha presença, agora tenho te presenteado com a minha ausência. Sou a melhor das ex-mulheres, a que desaparece, não liga, não dá pití, não pede pensão, nada. Portanto, rapaz, eu quero só o que é e direito do Guilherme. Nem mais, nem menos, embora hoje tu me deva um
Parece clichê: como é difícil cuidar da casa, filhos, marido (só para constar), e trabalhar fora! Essa frase é comum na boca de mulheres que se dizem modernas e a queixa que eu faço é quase a mesma. Se eu conseguisse conviver com o olhar acusador daquela louça suja, ou com aquela roupa suja me chantageando, dizendo que vai manchar, e trabalhar mesmo assim, seria perfeito! Se meu filho conseguisse ficar cinco minutos sem me chamar, ou cinco minutos brincando de alguma coisa que não exploda, quebre em partes pequenas, nem seja radioativa... Se os cachorros tivessem a incrível capacidade de se servirem de ração e água sempre que necessário e sem desperdícios ... Se a garagem fosse autolimpante, e toda vez que eu abrisse a porta eu visse uma estrela com muitas pontas brilhando, e ouvisse um "plim"... Se almoçássemos cápsulas, frutas com casca (para não encher a lixeira). Se as roupas crescessem junto com as criaças e todos os ácaros fossem exterminados da face da terra... Se tudo
Ontem fui dormir mais feliz, como se George Clooney tivesse me convidado para sair sexta. Sei lá, de repente, o remédio começou a fazer efeito...
Nessa noite, sonhei que enquanto eu tentava dormir, apareciam gráficos na minha frente, todos com a indicação de loading. Quando terminassem de baixar os plugins eu conseguiria dormir. Traduzindo para o meu hebraico: hoje em dia, até para dormir a pessoa tem que se adaptar. Dentro de alguns dias, vou ter que instalar atualizações antes de acordar. Quando uma mulher conhece um cara, deve dar uma olhada atenta, rastreando vírus?

O pau que foi atirado no gato

Meu filho está aprendendo a cantar na escolinha. Ele não é vaca de presépio, para que as visitas olhem e achem bonito, por isso nunca ensinei nem as musiquinhas tradicionais. Quando ele tinha pouco mais de um ano, eu entoava um mantra que aprendi para ele dormir e sempre ouvia um: "não canta, mãe, não canta". Dia desses, quando ele tentava cantar o "atirei o pau no gato", mostrei como seria uma versão dessa música feito por um metaleiro fake, ou um emo. Ele quase morreu de rir. Como ele é uma criança de sorriso difícil, me prestei à esse ridículo papel e cantei até o fim. Até minha bebê riu. Espero que ninguém tenha visto, gravado e que eu não receba por e-mail, o vídeo mais tosco da internet. Gente, foi muito ridículo...
Levei muitos anos para descobrir que eu não deveria obedecer meu pai. Eu tinha essa impressão, mas demorei para comprovar que eu estava errada em viver naquele conflito, não fazer o que os pais esperam e se sentir mal com os comentários. Agora, não faço o que eles esperam, mas não me culpo mais. Fazem alguns anos que vivo assim. Agora, vou lá rapidinho só soltar outras amarras e já volto. Me espere...
E não é que encontrei ontem um amigo de infância? Mas não tivemos tempo de relembrar e rir das histórias. Ainda bem, eu não queria ficar com aquela sensação de "olha como o tempo melhora as pessoas!". Mas, a verdade inegável para quase todos é exatamente essa.

Será mesmo que menos é mais? Sempre?

Depois que descobri o firefox, peguei aversão ao explorer. O Explorer, na minha opniãozinha de internauta é que ele é tão limpo, tão limpo na aparência que chega a ser feio e chato. Se fosse mulher, se vestiria como a Malu Mader. O Firefox não, é bem mais detalhado, mais funcional. Mais inteligente e mais bonito. E, beleza, para mim, é sim fundamental.
Ah, se eu pudesse... - cuidar de mim, ser um pouco vaidosa sem passar por fútil. - desabafar sem passar por louca. - rir sem ser da desgraça. Cabelo bandido é desgraça, na maioria das vezes. - ser ouvida, sem aquela expressão de impaciência, de "ah! agora justifique! na certeza de que seria entendida. É tão difícil assim se colocar no meu lugar? - chorar de vez em quando. Eu não precisaria explodir. - ver mais vezes minha família. Mas a única que queria me ver, morreu faz pouco. - comprar uma roupa do meu tamanho, com meu dinheiro, me sentir bonita na tal roupa do meu tamanho e passar longe do rótulo de fútil. - descobrir de uma vez por todas, o que é que tá acontecendo comigo. Não quero muito: só quero saber o quê diz respeito à minha vida. - ser evasiva, distraída e irônica sem culpa. - ter alguém que cuidasse dos meus filhos de vez em quando para que eu pudesse relaxar só um pouquinho. E da casa, dos cachorros, da garagem, das plantas, das aranhas, dos cactos, da roupa no varal

Yes, you can! I don't...

Eu e essa minha mania de sentir demais as coisas. To incomodada, ainda, por causa de uma mentirinha de meu filho. Hoje, declarei mais uma vez que não trabalho mais em casa. Ou eu saio agora, ou eu saio depois. Direto para um hospital psiquiátrico! Parabéns às mulheres que conseguem cuidar de tudo, casa, filhos, marido (sim, tem gente que cuida do próprio), si mesmas e do trabalho (em casa, não da casa). Este post não ofendeu os direitos humanos e não maltratou nenhum animal mas está sim, carregado de ironia.
Prometi para mim mesma que nunca mais vou trabalhar em casa. Ou eu abro meu ateliêr assim que possível, ou assim que possível eu vou para um hospital psiquiátrico. Cansei. E eu sei que anestesiada é com S. Mas quando escrevi o post abaixo, eu não estava de posse de todas as minhas faculdades mentais. :)